O verde que vislumbro com a retina fechada representa a esperança de um povo que muito luta pelo progresso e desenvolvimento da sua pátria.
O azul é o céu com que todos sonhamos, o branco representa a transparência em todas as ações e o ouro a riqueza espiritual dos corações bem formados.
Assim traduzi as diferentes matizes que apareciam enquanto meditava sobre o meu País. Logo após passei a lamentar que tudo o que pensei era apenas um sonho efêmero.
– Continua após a publicidade –
Percebi que a realidade de meu País que nasceu para ser a maior potência do planeta, é um país espiritualmente paupérrimo em termos morais e de malgrado a suas belezas naturais.
Para pensar assim, tomei como exemplo minha terra natal, outrora capital do Norte, esta tal qual a pátria mãe silenciosamente afunda em crises políticas e econômicas, em comentários assombrosos sobre malversação de dinheiro público e negócios que chegam as raias do absurdo.
Tenso, mas preso a tais pensamentos comecei a viajar pelo que conheço de nossa história, que é rica, mas mal contada.
Caminhando pela rua, elevado com tal situação, eis que me vem à mente, que vemos somente os erros praticados pela administração pública. Olhei para os lados e vi os arranha-céus que estão sendo construídos em nossas cidades e fiquei a imaginar que Mafra está ficando com cara de uma grande metrópole.
Mafra nasceu para isso, mas para isso não foi colonizada. Tanto é verdade que não se tornou uma grande metrópole apesar de ser um polo de suma importância para o Brasil por seu entroncamento rodoferroviário, de onde você pode sair para qualquer canto do planeta. Então vem a pergunta: o que nos falta?
A mente é ágil e responde rápido: falta administração e capricho. Nova pergunta: de quem? Ora, dos moradores e da administração.
No centro da cidade existem ruas asfaltadas, lajotadas e com paralelepípedos. Deveria existir homogeneidade, o que infelizmente não existe.
Você sai de uma rua asfaltada, adentra para outra pavimentada com lajotas e logo a frente outra pavimentada com paralelepípedos. Asfalto quando não esburacados, são mal remendados, lajotas com saliências e reentrâncias e paralelepípedos com as pontas de fora. Neste aspecto o erro é da administração pública.
Muitas destas ruas estão embelezadas, outras mal varridas, esburacadas, sem contar o mato que toma conta. Agora me vem à cabeça outra pergunta: e os passeios? Estes devem ser cuidados pelos proprietários.
Muitas ruas não pavimentadas não têm passeio e outras têm. Mais de 90% delas estão em estado de calamidade pública. Falta de capricho de quem? Ora, do proprietário. Não só falta de capricho, como também de responsabilidade. É sobre o passeio que passa o pedestre, mas muitas vezes ele se obriga a ocupar o leito da rua para transitar porque as calçadas são iguais ou pior que a rua.
Paro e olho para dentro do imóvel. Há uma bela vivenda bem ajardinada, grama limpa e bem cortada e penso: “por cima fitas e rendas por baixo”. Deus me defenda. A primeira impressão é sempre a que fica.
Se paro em frente de uma casa cuja calçada está toda quebrada e com o lixo pedindo por favor, para ser levado, o que está para dentro do cercado perde a beleza e vem o pensamento de como será o restante.
Vivemos numa cidade pacata, de um povo ordeiro e trabalhador, onde o comércio é pujante. Bons hotéis, cinema de fazer inveja, edifícios construídos para abrigar pessoas endinheiradas, colégios que nada deixam desejar. Logo, poderíamos ser uma cidade agradável e convidativa para residir.
No entanto, precisamos ser mais bairristas, amar nossa cidade e exigir uma atuação mais transparente dos órgãos de comunicação.
Precisamos ser mais assíduos às reuniões dos órgãos de classe da Câmara Municipal, denunciar o desleixo, não só da administração pública, mas também o descaso com a desorganização e limpeza urbana e também com a omissão dos proprietários de imóveis, sejam eles públicos e privados.
Não basta ser um povo simpático e hospitaleiro e ter a imagem de uma cidade abandonada. Claro que toda regra tem exceção. Temos locais maravilhosos e aprazíveis a serem visitados, mas carecem de apoio do Poder Público.
Se este é omisso e a população não reivindica, o turista também não visita.
VER PRIMEIRO
Agora, que tal seguir o nosso Instagram, Twitter ou curtir a nossa página no Facebook? Para que você possa continuar acompanhando os melhores posts sobre Rio Negro e Mafra, diariamente, em suas redes sociais.