Em discurso, Bolsonaro defende abertura de escolas e comércios no país
Em pronunciamento no rádio e na TV na noite desta terça-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o novo
Em pronunciamento no rádio e na TV na noite desta terça-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o novo coronavírus (Covid-19) está sendo enfrentado e pediu calma à população. “Sem pânico ou histeria, como venho falando desde o princípio, venceremos o vírus e nos orgulharemos”, disse o presidente.
Na contramão das medidas adotadas globalmente, o presidente defendeu a reabertura do comércio e das escolas e o fim do confinamento em massa. Ele ainda culpou parte da mídia por espalhar “pânico” e criticou autoridades estaduais que adotaram, na sua visão, “o conceito de terra arrasada”.
“Nossa vida tem que continuar. Os empregos devem ser mantidos. O sustento das famílias deve ser preservado. Devemos, sim, voltar à normalidade”, destacou.
No discurso, Bolsonaro voltou a dizer que o grupo de risco para a doença é o das pessoas acima dos 60 anos de idade e que não teria necessidade de fechamento de escolas, já que são raros os casos fatais de pessoas sãs com menos de 40 anos.
Segundo ele, 90% da população não terá qualquer manifestação da doença, caso se contamine, e a preocupação maior deve ser não transmitir o vírus, “em especial aos nossos queridos pais e avós”.
Sobre os trabalhos das equipes de saúde em todo o país, coordenadas pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, Bolsonaro confirmou que ocorreu um planejamento estratégico para manter um atendimento eficaz dos pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS).
Jair Bolsonaro disse ainda acreditar na capacidade dos cientistas e pesquisadores para a cura dessa doença e falou que o governo recebeu notícias positivas sobre o uso da cloroquina no tratamento da Covid-19.
Ele aproveitou o pronunciamento para agradecer quem está na linha de frente no combate ao novo coronavírus. “Aproveito para render minha homenagem a todos os profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, técnicos e colaboradores, que na linha de frente nos recebem nos hospitais, nos tratam e nos confortam”.
Na manhã desta quarta-feira (25), o presidente reafirmou seu posicionamento de relaxar as regras de confinamento e afirmou que vai falar com o ministro da Saúde para mudar a recomendação do governo para que somente os grupos de risco sigam confinados em casa.