Saiba como evitar incêndios em estufas de tabaco
O ciclo da colheita de tabaco na região ocorre entre dezembro a março, época mais seca e quente de todo o ano, o que facilita a incidência de incêndios em estufas.


Canos furados, sistema elétrico sobrecarregado, negligência em relação à temperatura do forno e outros descuidos com o manuseio e as condições das estruturas são as principais causas dos incêndios em estufas de tabaco.
Somente neste ano, mais de cinco casos já foram notificados em Mafra e Itaiópolis. O ciclo da colheita de tabaco na região ocorre entre dezembro a março, época mais seca e quente de todo o ano, o que facilita a incidência de incêndios em estufas. Apesar disso, alguns casos podem ser evitados através da prevenção.
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De acordo com o comandante dos Bombeiros Voluntários de Itaiópolis, Anderson Oparacz, a principal forma de prevenção é a manutenção constante das instalações elétricas da estufa, além da limpeza do local.
“É importante que cada estufa de secagem tenha sua rede de energia. Além disso, deve-se observar se não há nenhum furo no encanamento da estrutura”, diz. As estufas de circulação forçada de ar dependem da energia elétrica para seu funcionamento e a falta dela pode desencadear uma combustão. Já as estufas convencionais são mais propícias a incêndios, devido ao encanamento no interior da estrutura, já que qualquer material combustível que venha cair sobre os canos pode ocasionar as chamas.
Anderson também orienta que em casos de incêndio, o primeiro passo é desligar a rede de energia elétrica e desconectar os cabos da bateria dos equipamentos auxiliares. Além disso, é importante fechar todas as entradas de ar da estufa para abafar o fogo, pois a entrada repentina de ar em um local superaquecido pode provocar uma explosão e propagar o incêndio.
O comandante também recomenda que as estufas e locais de armazenamento de tabaco não sejam construídas uma ao lado da outra, pois o fogo pode se alastrar rapidamente, causando um prejuízo ainda maior para seus produtores.
Direitos
Com o risco iminente a cada safra, é necessário que o fumicultor busque uma garantia para estes casos, através de seguros agrícolas. Essa condição contribui para ampliar a proteção da propriedade, minimizar perdas financeiras, além de colaborar com a manutenção da atividade econômica e a segurança financeira das famílias prejudicadas.
Já em casos de quedas na energia, o cidadão deve recorrer na justiça o direito ao ressarcimento dos danos pelas companhias elétricas. No ano passado, a Celesc estabeleceu novos critérios para reparação de perdas decorrentes de instabilidades no sistema elétrico com duração igual ou superior a quatro horas, garantindo mais facilidades para o ressarcimento dos fumicultores.