Mais de 200 funcionários são demitidos em empresa têxtil de Mafra
Após o anúncio inicial de retomada das atividades, servidores da Cativa foram pegos de surpresa.
Uma triste notícia surpreendeu os cerca de 280 funcionários mafrenses da Cativa (Conduta Industria e Comércio de Malhas). Com a retomada da normalidade das atividades e dos turnos de trabalho prevista para esta segunda-feira (25), os funcionários foram surpreendidos pela notícia do encerramento das atividades e demissão de todos os colaboradores.
De acordo com informações do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação e Tecelagem (SINDITEXTIL), até a tarde da última sexta-feira (22), a empresa trabalhava em regime de carga horária reduzida em face das medidas preventivas ao coronavírus. As informações repassadas aos representantes sindicais era de que as atividades seriam retomadas normalmente a partir desta segunda-feira.
Abatidos, vários funcionários lamentaram a decisão e disseram ser difícil acreditar, uma vez que sempre tiveram ótima relação de trabalho e boa comunicação com a empresa. “Fui pega de surpresa, estava achando estranho mesmo, era muita falta de informação sobre a volta”, disse emocionada uma funcionária que não quis se identificar. Ela contou que os funcionários da fábrica e do setor administrativo ficaram chocados com a notícia, pois não havia indicativo de encerramento da empresa em Mafra. “É triste, mas vamos entregar nas mãos de Deus”, lamenta.
Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira (25), a empresa confirmou que o encerramento das atividades em Mafra se deu devido aos impactos econômicos ocasionados pela pandemia de covid-19. Confira abaixo na íntegra:
A CONDUTA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MALHAS LTDA., vem à público comunicar, com profunda tristeza, o encerramento das atividades que exercia na cidade de Mafra desde 2001, diante do ambiente de CAOS em que a economia Brasileira e mundial está vivendo, em função do Novo Coronavírus (Covid-19). As medidas para tentar conter a disseminação do vírus pararam totalmente a economia. Lojas fechadas, sem faturar, não conseguem pagar pelos produtos, e todos os pedidos foram cancelados. Diante disto, não resta outra alternativa à não ser o encerramento das atividades. A empresa informa que tem esperança de que existirá um “novo normal” e, quem sabe, num futuro próximo, possa voltar a gerar empregos na cidade.