Ao longo de séculos, filósofos, teólogos e religiosos se debruçaram tentando entender o porquê Deus permite o sofrimento? A grande resposta é que ainda não podemos afirmar a razão pelo qual Deus permite que exista o sofrimento no mundo, porém, isso não significa que essa razão não exista.

Contudo, podemos afirmar que o sofrimento é um mistério sombrio e doloroso. Por outro lado, podemos encarar essa resposta de uma forma diferente, em vez do “por que”, um “para que”.

A Bíblia relata em Gêneses, que um mundo criado perfeito foi dado ao homem, mas foi o próprio homem e sua desobediência que trouxe todos os males a humanidade.

Quando olho para uma casa com portões altos, grades, alarme, arames energizados ou seguranças armados em um banco, vejo o quão decadente somos. Se as pessoas fizessem as escolhas certas, não haveria tantas prisões, balas perdidas e uma série de outros sofrimentos que nada tem haver com Deus, mas com a nossa própria decadência moral e espiritual.

Precisamos levar em conta nosso livre-arbítrio. O livre-arbítrio nada mais é que nosso poder de escolha. Por causa do livre-arbítrio, cada pessoa é responsável por suas ações e por tomar uma decisão, sem sermos obrigados a escolher uma determinada opção.

Sabemos pela Bíblia que não cai uma folha de uma árvore sem a ciência de Deus, isso nos ensina que Deus tem o controle de tudo em suas mãos. E se ele tem esse controle, porque não passamos a confiar mais em Deus?

Muitas vezes não sabemos a resposta de determinado fato quando ele está acontecendo, mas quantas vezes, anos depois de algo ruim ter acontecido, compreendemos que aquele fato sombrio e doloroso, na verdade se revelou um grande presente de Deus?

Como disse, o sofrimento existe e mesmo que uma resposta não se tenha, sabemos que tudo tem um propósito. Fato é que nem sempre as cosias vão ser justas, em Eclesiastes 7:15, Salomão escreveu: “Nesta vida vazia e sem sentido eu já vi de tudo: um justo que morreu jovem por causa da verdade, e um ímpio que desfrutou de vida longa apesar da sua malignidade!”. Como explicar essa verdade?

Aqui, neste mundo nossa passagem é rápida, somos forasteiros, nosso verdadeiro lar não é aqui. O apóstolo João nos diz: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16). O mesmo João, agora em sua primeira carta diz que: “O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.” (1 João 5:4).

Talvez a melhor forma de encarar o sofrimento é encarar nossa vida como ela realmente é, uma preparação para algo muito maior, a eternidade com Deus.