Feliz vida das mulheres
No março cheio de simbolismo e homenagem às mulheres, algumas considerações são pertinentes.


Abro espaço na coluna de hoje, para um texto incrível escrito pela minha filha. Aproveitem a leitura.
No março cheio de simbolismo e homenagem às mulheres, algumas considerações são pertinentes.
A história elenca inúmeras mulheres fortes, tais como Marie Curie, Margareth Hamilton, Kathrine Switzer, Golda Meier, Anita Garibaldi e Princesa Isabel do Brasil, sabiamente intituladas como “à frente de seu tempo”. Todas privilegiaram a sociedade com feitos históricos absolutamente relevantes, em distintas áreas.
Todo o passado de conquistas femininas permite que, atualmente, elas exerçam com plenitude, o que há de mais precioso: o poder de escolha. Para os que se identificam com os ensinamentos cristãos, é plausível acreditar que, nesse cenário atual, há a validação na totalidade do ser humano, do que há muito se entende como livre-arbítrio.
Nesse contexto, propõe-se não somente o reconhecimento das figuras históricas grandiosas, mas igualmente, um olhar atento e amoroso às mulheres no entorno de cada leitor: avós, mães, tias, esposas; aquelas que oferecem à humanidade sua continuidade, através do milagre da vida, a maternidade.
É fato que a mulher brilha no âmbito profissional. Ao colocar em prática sua versatilidade tão característica, explora a potencialidade de absorver, processar, decidir e agir com maestria e ocupa com destaque diversas funções e, cada vez mais, rompe com paradigmas.
Para cada existência feminina que se destaca por sua ascensão na carreira, motivo de orgulho genuíno e inspirador, há a que se completa irreversivelmente tornando-se mãe. E o mais fantástico: muitas vezes essas duas mulheres são versões de apenas uma. Tal feito é possível quando se exerce o poder de escolha, com consciência e amor próprio. Esse é o empoderamento genuíno! Viabilizado pelas batalhadoras outrora descritas, não se espera dele seletividade, julgamento ou segregação. Almeja-se que ele proporcione respeito, acolhimento e apoio legítimos em relação a escolha da mulher, seja ela qual for.
É lamentável que, mesmo dentro do meio feminino, haja julgamento com relação a opção de vida da mulher. É indigno o preconceito que existe quando se segue determinadas cartilhas, como por exemplo, contra as que optam, temporariamente ou não, em serem donas de casa. Quem já viajou por várias existências ou possui, dentro de si, empatia na essência, reconhece a resiliência da multifuncionalidade exigida no ambiente doméstico. Educadora, administradora, cozinheira, organizadora, faxineira e motorista são algumas das inúmeras tarefas somadas no dia a dia desse universo.
Nesse raciocínio, a maternidade é relatada como o divisor de águas da vida e/ ou o entendimento verdadeiro do sentido do amor. Em se tratando da nobreza de propósitos e princípios, a beleza dessa construção é viável quando há a união com o homem honrado, o verdadeiro parceiro de vida, que caminhe lado a lado, enxergue e valorize as várias versões que o feminino abriga em si: a multitarefas, a profissional, a mãe e a Mulher. A pregação do ódio entre os sexos é nociva, para o indivíduo, a família e a sociedade.
É imprescindível que nunca se admita abusos, de nenhuma natureza. No entanto, é crucial que haja valorização e discernimento quanto às particularidades que norteiam homens e mulheres. Que a sensibilidade e eventual fragilidade feminina não sejam jamais confundidas com fraqueza. Que a força física e estabilidade masculinas sejam escudo complementar de proteção, base e acolhimento para a unidade familiar como um todo. E o mais importante, que os filhos conheçam a força que brota desse amor, como exemplo de valorização recíproca do casal.
O mundo evidencia que extremismos não geram bons frutos. É importante que o equilíbrio direcione as ações da humanidade. E, no contexto abordado, que ele seja a palavra-chave para a validação do feminino, porque é possível sim a realização profissional, pessoal e familiar; desde que o poder de escolha da mulher seja exercido na plenitude e suas aspirações sejam respeitadas. Que cada uma delas consiga reconhecer o jequitibá dentro de si, que exerça a força vital, que se abala, mas não quebra, que enfrenta as adversidades e por vezes, é apoio e retaguarda para todos, sempre com doçura, sem negar sua natureza.
Algumas percepções da realidade só são possíveis com a maturidade. Entretanto, felizes são aqueles que, dotados de admirável humildade, absorvem aprendizados com experiência dos seus.
Por fim, é desejável a todo ser humano, que a vida seja uma aula que nunca termine… Que o desejo pelo saber e o questionamento sejam sempre válidos, acerca do que a sociedade impôs no passado e no presente.
Fabiana Caroline da Silva