Presa em uma fazenda isolada, Pearl deve cuidar de seu pai doente sob a vigilância de sua mãe. Desejando a vida glamorosa que ela viu nos filmes, as tentações e repressões de Pearl colidem.
Os tons quentes e coloridos são certeiros. Além disso, o terror também está em cada palavra e atitude da protagonista – atuado muito bem por Mia Goth que surpreende em diversos momentos, como um monólogo assustador que estranhamente cativa o público.
A psicopatia da personagem é transparecida do começo ao fim da atuação de Goth, seja pelos trejeitos ou pelos momentos esquisitos que vemos no filme, mas levados a sério por ela, como a simulação de sexo com um espantalho. Mas é quando a negativa da audição surge que as coisas começam a ficar graves e Goth mostra para o que veio.
O longa se passa em 1918 perto do fim da Primeira Guerra Mundial juntamente com a chegada da gripe espanhola. Com isso, podemos perceber o quão problemática uma pessoa – com problemas mentais – pode se tornar ao se sentir sozinha e afastada por muito tempo de outras pessoas.