Como funciona a doação de órgãos no Brasil?
O Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado na quarta-feira (27), busca conscientizar e sensibilizar a população para a importância do ato.

No programa “Dicas de Saúde” desta semana, a enfermeira Lucimara Kauva recebeu o neurologista Stefan Gerlach para falar sobre a importância da doação de órgãos. O Dia Nacional da Doação de Órgãos foi celebrado nesta quarta-feira (27) e tem como objetivo conscientizar sobre a necessidade de aumentar o número de doadores nos hospitais e salvar vidas.
Segundo Stefan, existem dois tipos de doadores. O doador vivo é uma pessoa saudável que doa órgãos para parentes compatíveis, podendo ceder um rim, medula óssea, uma parte do fígado ou pulmão. Já o doador morto é um paciente com morte encefálica, que pode doar córnea, coração, pulmão, fígado, rim, intestino, pâncreas, tecidos arteriais, tendões e ossos.
A lista de espera por transplantes no Brasil é gerenciada pela Secretaria Nacional de Transplantes, vinculada ao Ministério da Saúde. A lista de espera é organizada por ordem cronológica de cadastro, e os pacientes são classificados de acordo com suas necessidades médicas, levando em consideração o órgão necessário, o estágio da doença, o tipo sanguíneo e outras especificações técnicas.
A compatibilidade genética e a localização também são fatores cruciais na decisão de quem receberá o órgão, uma vez que é necessário minimizar o tempo de isquemia, que é o período em que o órgão pode ficar fora do corpo antes do transplante.
Para alguém se tornar um doador, a decisão deve ser tomada pela família de maneira voluntária, após o diagnóstico de morte encefálica do paciente. Atualmente, no Brasil, não é possível deixar um documento por escrito que comprove a intenção de realizar a doação de órgãos, tornando a conscientização e a comunicação com os entes queridos elementos cruciais nesse processo de solidariedade.