De fácil cultivo, abundante e muito bem adaptada ao nosso clina, ela está sempre presente nos quintais das avós. Esse tempero aromático com inúmeras propriedades medicinais tem seu uso descrito desde a Idade Media e a própria origem do nome remete à salvar, curar.

 

A Sálvia (Salvia officinalis) é nativa do mediterrâneo, muito utilizada nas culinárias italiana e francesa e era considerada pelos gregos a erva da imortalidade. O ditado antigo ″De que pode morrer um homem se em seu quintal cresce Sálvia?″ expressa a variedade de usos que podemos fazer dela: o chá feito com as folhas em forma de infusão por 5-8 minutos (não se deve ferver a planta junto com a agua) é eficaz em aftas e afecções da boca e garganta. Auxiliar do sistema respiratório como descongestionante e expectorante, também alivia sintomas gripais. É digestivo, anti-inflamatório, antioxidante (combate o envelhecimento), antisséptico e analgésico, podendo ser utilizado frio para lavar feridas e acalmar a coceira em picadas de insetos.

 

 

Erva ligada ao feminino pelos povos ancestrais, tem a explicação na ciência: com boa presença de fitoestrógeno, na sua composição química, é muito utilizada nos temas relacionados às cólicas menstruais e menopausa. Para diminuir as cólicas, pode-se tomar o chá feito com uma colher de sopa de folhas picadas por xícara de água (250ml), iniciando antes da menstruação e sendo utilizado 2 vezes ao dia durante este período. Também pode ser benéfica na menopausa, para aliviar os calorões e fogachos, insônia entre outros sintomas.

 

Esta planta pode ser cultivada a pleno sol ou meia sombra (quando fica no sol apenas em um período do dia), em solo bem drenado, na horta ou até no jardim, pois é uma planta muito ornamental.

 

Além do uso em forma de chá, muitas plantas podem ser incluídas na alimentação, trazendo saúde e bem-estar. Aqui você encontra uma receita trazida da Itália, para saborizar massas, que fica deliciosa e traz os benefícios da Sálvia para a mesa da família, juntamente com as fotos da planta para você identificar e não errar no uso!

 

*Gravidas, lactantes e epilépticos devem evitar esta planta.

 

Um abraço com aroma de Lavanda!

 

Nota da autora: O uso das plantas descritas na medicina tradicional não substitui os medicamentos prescritos por médicos. Gestantes, crianças e pessoas com sensibilidade/alergia devem ter o cuidado de buscar informação acerca do uso. A identificação correta da planta é essencial para o uso seguro. Por fim, observe seu corpo e suas reações: cada individuo é único e reage de forma diversa aos compostos de cada planta.

 

A natureza oferece inúmeros benefícios, basta que saibamos usar com responsabilidade!

 

″Da terra o Senhor criou os remédios, o homem sensato não os despreza″. (Eclo 38,4)