O ‘sabor’ do sábado de Carnaval
Com o passar dos anos, a tradição foi tomando outros rumos, e o sertanejo e o gauchesco, principalmente em nossa região, acabaram roubando a cena e predominando.


A coluna do sábado de Carnaval, para este humilde colunista sempre foi “sagrada”. Talvez, pela data, pelo peso histórico, ou simplesmente por ser minha festa favorita, superando qualquer programa durante o restante do ano.
Escrever a coluna de Carnaval me remete as marchinhas (já não tão tocadas como antes), ao encontro com meu guru Cacau Menezes, em seu evento anual em Floripa, que já não é mais nesta data, e a uma alegria que não encontro em outras épocas. Nem mesmo, no Réveillon.
Embora, com o passar dos anos, a tradição foi tomando outros rumos, e o sertanejo e o gauchesco, principalmente em nossa região, acabaram roubando a cena e predominando.

Até quem diz não gostar de Carnaval, indiretamente e, muitas vezes, de forma inconsciente, acaba gostando. Seja para viajar, para relaxar deitado no sofá tomando uma cerveja e assistindo as escolas de samba, ou simplesmente para criticar.
E se hoje fosse um sábado entre as décadas de 50 e 60, então… Teríamos feito fantasias, organizado os blocos e desfilado elegantemente pela rua XV de Novembro, em Rio Negro. Ou então, estaríamos na folia dos clubes Rionegrense, Vitoria ou Zeppelin. O Zepp, que por sua vez, lutou bravamente com as festas de Carnaval até os anos 2000.
Uma vez, em um bate papo informal entre amigos, onde na roda estava o então prefeito Carlinhos Scholze (em memória), chegamos a falar na possibilidade de ressuscitar os carnavais de rua… Quanta ilusão!
Foi-se um tempo onde o sábado de Carnaval era a data mais esperada do ano. Hoje, o Carnaval todo passa quase que imperceptível, até sem ser feriado.

Colunas e textos de opinião são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Riomafra Mix.