“Só eu sei a dor que estou passando”, diz tutora após sua gata morrer em castração social
Segundo Roseli Steklain, ela levou suas duas gatas para a castração que ocorreu em Rio Negro, porém, uma delas morreu e a outra foi internada.


Uma ação de castração social, organizada pelo Governo do Paraná e realizada em Rio Negro no dia 26 de fevereiro, gerou comoção nas redes sociais após o desabafo de uma moradora sobre o serviço prestado.
Roseli Steklain, autora da postagem, relatou que levou suas duas gatas para o procedimento, mas uma delas morreu e a outra foi internada devido a complicações da cirurgia.
“Nos mandaram levar os animais que não estavam bem para uma clínica. Nessa clínica, havia cinco animais passando mal por causa da anestesia”, relatou. Segundo o seu relato, diversos animais apresentaram convulsões e um gato foi encontrado com um tubo de oxigênio na garganta.
No texto, a mulher ainda afirma que a causa da morte de sua gata, foi a anestesia. “Está aí, minha gata em óbito, depois da convulsão. O que realmente aconteceu foi anestesia errada”.
Roseli também pede um pronunciamento da Prefeitura de Rio Negro. “Minha ‘Ravena’ não volta mais, só eu sei a dor que estou passando. Tem muitos casos que aconteceram e não vou me calar”, escreveu.
Nota da Prefeitura
A reportagem do Riomafra Mix entrou em contato com a Prefeitura de Rio Negro, que se manifestou em relação à situação.
O município afirmou estar atento ao ocorrido e buscando respostas. “Embora o Castrapet seja um programa estadual, que contou com nosso apoio para acontecer aqui, já estamos em contato com a equipe responsável e solicitamos uma investigação completa para entender o que aconteceu. Queremos garantir que todos os protocolos de segurança foram seguidos e que os profissionais envolvidos estavam devidamente preparados”, afirmou a Prefeitura.
O que diz a organização do programa?
O programa CastraPet Paraná, promovido e realizado pelo Governo do Estado, tem como objetivo oferecer castração gratuita para cães e gatos de famílias de baixa renda.
Por intermédio da Prefeitura, a coordenadora técnica e fiscal do CastraPet, Girlene Jacob, informou que todos os centros cirúrgicos e profissionais envolvidos são previamente aprovados pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV).
Ela também explicou que o programa oferece um serviço “praticamente idêntico” ao de clínicas particulares. “A única diferença entre o CastraPet e uma clínica particular é que nossa triagem depende das informações fornecidas pelos tutores, que, infelizmente, podem não fornecer todos os dados necessários”, explicou Girlene.
A coordenadora também destacou que, como em qualquer cirurgia, o procedimento de castração apresenta riscos. “Os tutores estão cientes dos riscos, pois receberam todas as informações nos grupos de WhatsApp e assinaram um termo de consentimento antes do procedimento”, afirmou.