Como um cordeiro mudo, Jesus permaneceu em silêncio
Jesus enfrentou acusações falsas com calma, demonstrando a força da verdade e da serenidade.


No livro do profeta Isaías, capítulo 53, versículo 7, encontramos uma profecia sobre o sofrimento de Jesus, escrita aproximadamente 600 anos antes do ocorrido. Isaías fala da lição que Jesus daria diante das acusações injustas que sofreria. Diz o profeta: “Ele foi oprimido, mas não abriu a boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.”
Diante das afrontas, suspeitas e infâmias, Jesus não quis se defender. Permaneceu no silêncio do Pai – o poder que tudo vence. Em Mateus 26:59-63a, lemos sobre a postura de Jesus quando duas testemunhas falsas distorceram suas palavras: “Ora, os príncipes dos sacerdotes, os anciãos e todo o conselho buscavam falso testemunho contra Jesus… mas, por fim, chegaram duas e disseram: Este disse: Eu posso derrubar o templo de Deus e reedificá-lo em três dias. E, levantando-se o sumo sacerdote, disse-lhe: Não respondes coisa alguma ao que estes depõem contra ti? Jesus, porém, guardava silêncio”. Diante do governador romano, Pôncio Pilatos, Mateus testemunha: “E, sendo acusado pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu. Disse-lhe, então, Pilatos: Não ouves quanto testificam contra ti? E nem uma palavra lhe respondeu, de sorte que o governador estava muito maravilhado” (Mateus 27:12-14). Que grande lição aprendemos com o silêncio de Jesus no momento mais crítico, submetido a um julgamento injusto!
Com esse silêncio, Jesus desdobrou seu maravilhoso poder de vitória. Humilhado, zombado, oprimido, escarnecido e provocado, Ele não desejou se defender, esclarecer ou argumentar. Simplesmente se manteve em silêncio, não abriu a boca. Os gritos dos poderes satânicos não o afetaram. Havia uma profecia proferida mais de 600 anos antes, e agora ela se cumpria. Passaram-se mais de dois mil anos, e as lições ministradas por Jesus, registradas nas Sagradas Escrituras, continuam a ecoar até hoje.
“Se eu fosse você, tirava isso a limpo”, “eu não aguentaria” ou “eu não ficava quieto”, alguém pode pensar. Mas não foi isso que Jesus fez. Seu exemplo foi permanecer calado, pois a verdade sempre prevalece. A justiça nunca falha. Deus é amigo da justiça e julga retamente.
A tranquilidade do Senhor está à disposição de todos. A tranquilidade do Senhor é uma das fontes de força mais poderosas entre todas as bênçãos que Ele nos concedeu. Que, neste momento de reflexão sobre a Páscoa, estejamos dispostos a adotar a lição do “poder do silêncio de Cristo” como uma de nossas qualidades. Deus te abençoe!
Feliz Páscoa!