Tudo por amor
Jesus Cristo foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades.


Em Isaías 53:5, lemos esta tremenda e profética mensagem, referindo-se à entrega total de Jesus para demonstrar o grande amor por toda a humanidade. Decorridos aproximadamente 700 anos desde essa profecia, Jesus de Nazaré morreu crucificado. No texto, duas palavras se destacam: “ferido” e “moído”, que nos tocam profundamente. No dicionário, “ferido” significa “que ou aquele que recebeu ferimento(s), golpeado” e “moído” significa “que se moeu; triturado; esmagado e em extremo estado de fadiga; exausto”. Jesus viveu tudo isso por nos amar.
Após ser traído por Judas e preso pelos soldados romanos, teve início o espetáculo da tortura. Tudo começou com o trauma físico por manter-se em silêncio ao ser interrogado por Caifás. Com os olhos vendados, os soldados zombaram dele, pedindo que identificasse quem o estava batendo, e esbofeteavam sua face. Na manhã de sexta-feira, Jesus, surrado, com hematomas, desidratado e exausto por não dormir, foi levado a Jerusalém para ser chicoteado. Despido de suas roupas, a Bíblia informa que, segundo as leis judaicas, o número de chibatadas não poderia exceder 39, e assim foi feito. Utilizaram um chicote fabricado com várias tiras de couro, cada uma com duas pequenas bolas de chumbo amarradas nas pontas. O pesado chicote era aplicado com força total contra os ombros, costas e pernas de Jesus. As tiras de couro cortavam os tecidos sob a pele, rompendo capilares e veias, causando marcas de sangue e hemorragia arterial dos vasos da musculatura. As bolas de chumbo produziam profundos cortes, deixando o corpo coberto de hematomas e ensanguentado.
Alguém, observando a pele dilacerada e o sangue escorrendo em grande quantidade, decidiu zombar de Jesus por ele ter sido chamado de “Rei dos Judeus”. Colocaram um manto sobre seus ombros, um cetro em suas mãos e uma coroa feita de um galho flexível coberto de longos espinhos (há quem sugira que eram 72 espinhos), enrolada e pressionada sobre sua cabeça, o que provocou intensa hemorragia, já que o couro cabeludo é uma das regiões mais irrigadas do corpo. A zombaria continuou sem limites: bateram em sua face, tomaram o cetro de suas mãos e o usaram para golpear sua cabeça. Para completar o espetáculo cruel e desumano, arrancaram o manto com violência de suas costas, que já havia aderido às feridas, causando uma dor excruciante e fazendo as feridas sangrarem novamente.
Com a pesada cruz (estima-se que media cerca de 2,34 metros na vertical, 2 metros na horizontal e pesava aproximadamente 55 quilos) jogada sobre seus ombros, teve início o caminho para o Gólgota. Jesus, já debilitado, não conseguia permanecer em pé; tropeçava e caía, e a madeira bruta feria seus ombros. A jornada de cerca de 500 a 700 metros foi finalmente completada. O prisioneiro foi despido – exceto por um pano permitido aos judeus. O mart- Seguindo o martírio, pregaram-no na cruz com pregos de 15 centímetros, fixando suas mãos e pés. À medida que o peso de seu corpo forçava para baixo, a dor excruciante atravessava seus dedos e braços, explodindo em seu cérebro. Jesus, com sede, suspirava. Uma esponja embebida em vinagre, sobra da bebida dos soldados romanos, foi levantada aos seus lábios. Ele, aparentemente, não tomou o líquido.
O corpo de Jesus chegou ao extremo, e ele sentiu o calafrio da morte percorrer seu corpo. Então, exclamou: “Está consumado!” Sua missão de sacrifício estava completa. Tomando fôlego, soltou o último grito: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito!” Para garantir sua morte, um soldado traspassou sua lança no quinto espaço entre as costelas, em direção ao pericárdio, até o coração. O evangelho de João, capítulo 19, versículo 34, diz: “E imediatamente verteu sangue e água.” Isso indicava o escape de fluido do saco que envolve o coração e o sangue do interior do coração.
Tudo isso, por amor a você!
Deus te abençoe!