Infiltrado na Klan

Seria absurdo se não fosse real. Uma história verdadeira do primeiro policial negro a conseguir se infiltrar na Ku Klux Klan.

Foto: Divulgação

 

Seria absurdo se não fosse real. O longa mostra a história verdadeira de Ron Stallworth (John David Washington), o primeiro policial negro a conseguir se infiltrar na Ku Klux Klan. Por ser negro, obviamente, ele não pode participar das reuniões pessoalmente e, por isso, enquanto marca tudo por telefone, seu parceiro Flip Zimmerman (Adam Driver) assume sua identidade junto aos membros da KKK. Os dois chegam aos níveis mais altos da organização em um dos filmes mais importantes do ano.

 

A fotografia, o estilo e o humor são referências diretas ao movimento da época em que se passa o filme, nos anos 70, que vários artistas negros começaram a produzir uma série de filmes. O humor misturado com crítica social soa menos “chato” ou “formal” demais. A obra está recheada de cenas onde o preconceito é representado de uma maneira caricata. E, pesar de se passar nos anos 70, infelizmente ainda condiz com a realidade atual.

 

No final do filme o diretor decide mostrar cenas reais do conflito de Charlottesville em 2017 – onde neo-nazistas tomaram as ruas para protestar contra negros, judeus e imigrantes. O que é revoltante. O contraste entre o bom humor e as tragédias são capazes de fazer o espectador rir ao mesmo tempo que o deixa reflexivo e desconfortável.