A crítica de Matrix à sociedade
Reflexivo e surreal, o filme marcou o cinema em todos seus segmentos.


Um jovem programador é atormentado por estranhos pesadelos nos quais sempre está conectado por cabos a um imenso sistema de computadores do futuro. À medida que o sonho se repete, ele começa a levantar dúvidas sobre a realidade. E quando encontra os misteriosos Morpheus e Trinity, ele descobre que é vítima do Matrix, um sistema inteligente e artificial que manipula a mente das pessoas e cria a ilusão de um mundo real enquanto usa os cérebros e corpos dos indivíduos para produzir energia.
Reflexivo e surreal, o filme marcou o cinema em todos seus segmentos, não só pelos efeitos especiais e cenas de luta coreografadas na perfeição mas, principalmente, pela sua temática.
The Matrix é distópico, se passa em um universo opressivo, totalitário, onde o indivíduo não tem liberdade nem controle sobre si mesmo (por mais que ache que tenha). Na obra, a humanidade está aprisionada por uma simulação, embora não tenha consciência disso. Essa realidade virtual, chamada “A Matriz” (o modelo), foi criada pelas máquinas para manter a população humana sob seu domínio e sugar a sua energia.
O filme tem uma componente de crítica à sociedade contemporânea, exacerbando os seus defeitos como uma lente de aumento. Lançado em 1999, nas vésperas do tão temido “bug do milênio” que nunca aconteceu, The Matrix exprime as preocupações e angústias de uma sociedade em plena transformação.