Ser mãe não é estado civil, não existe mãe solteira!

Não é segredo que ser mãe não é tarefa fácil. Tudo se resume à responsabilidade de criar o melhor ser

Não é segredo que ser mãe não é tarefa fácil. Tudo se resume à responsabilidade de criar o melhor ser humano que puder, abdicando, muitas vezes, de si para o filho. E ainda, correndo o risco de nunca ser o suficiente.

 

Que muitas mães criam seus filhos sozinhas não é novidade para ninguém, mas é equivocada a ideia de que mãe que cria seus filhos sozinha é solteira.

 

Muito diferente de qualquer estado civil que pode se desfazer a qualquer momento, ser mãe é para sempre, sendo assim, muito mais pertinente dizer que a mãe é mãe solo.

 

Elas educam, criam, amam e são as únicas responsáveis pelos filhos e fazem tudo sem contar com a ajuda do genitor da criança. É uma mãe que se torna responsável financeiramente pela criança, dá amor, carinho, proteção e tem força para fazer tudo isso sem a presença de um homem.

 

Muitas crianças no Brasil não possuem se quer o nome do pai na certidão de nascimento. O mais interessante é que são as mães que fazem um malabarismo absurdo para conseguir cuidar dos filhos e da casa, fazendo muitas vezes tripla jornada de trabalho para compensar a falta de dinheiro no orçamento familiar.

 

Outro quesito que determina essa nova denominação às mães é o fato de que a mãe solo pode constituir um novo relacionamento, sendo assim, cai por terra a ideia de que para ser mãe precisa estar casada. Isso nunca fez sentido, inclusive, é uma forma de preconceito.

 

Mas entre todos esses fatos citados acima, ainda o maior vilão não é o parceiro ausente, por incrível que pareça, nem as complexidades monetárias e sim o julgamento da sociedade. Esperam muito que haja em todos os lares famílias perfeitas, e qualquer estrutura diferente disso é taxada como inadequada.

 

No entanto, elas não são vítimas da situação, uma vez que dar conta de tudo sozinha transforma a mulher que foi criada como frágil em uma guerreira. E dizer isso não é romantizar a situação, e sim, enaltecer aquela que vive muito bem fora dos padrões.

 

Se a maternidade tradicional, com pai e mãe dentro de casa é uma verdadeira corrida de revezamento, a maternidade solo é como uma maratona, sem pausas.

 

Criar um filho com o mínimo de dignidade é caríssimo, por isso as questões financeiras são assustadoras, porém, não é impossível. Existirão pessoas para criticar, e momentos angustiantes, e é nessa hora que a mãe solo se destaca ainda mais, fortalecendo suas estruturas como mãe e como mulher.

 

Foco, planejamento e desapego da romantização da maternidade ideal e da mãe perfeita, afinal, ela não existe. Existe sim aquela que faz o possível.