Robson Komochena

Cotidiano, política e a história de Rio Negro, Mafra, Itaiópolis e região sob o olhar polêmico e irreverente do jornalista.

Jornalismo: é preciso questionar para obter respostas!

Quando um jornalista não é respeitado ou tem uma informação negada, quem faz isso está desrespeitando uma classe que espera, através do profissional, uma resposta.

Foto: Divulgação

 

Desde que comecei nessa profissão, bem cedo, é verdade, aprendi que o papel do jornalismo, acima de apenas noticiar fatos, é questionar para obter respostas.

 

Muitos questionamentos, a maioria, talvez, não apenas do jornalista que está à frente do tema, mas de uma classe ou grupo que, indiretamente, ele está representando. Como um porta-voz, um mensageiro da situação.

 

Na última quinta-feira, diante de dezenas de indagações da sociedade, já de muito tempo, tentando exercer meu ofício da forma mais justa possível, procurei a responsável pela polêmica obra da avenida Nereu Ramos, um anseio do gestor anterior, que se tornou uma herança maldita ao atual governo de Mafra.

 

A ideia era ouvir da pessoa responsável, que projetou, pensou e desenvolveu a obra, algumas respostas que pairam sobre os motoristas mafrenses e que se evidenciaram na quarta-feira, quando parte da via alagou e se tornou um “piscinão”.

 

Educadamente, iniciei uma conversa com a arquiteta Elery Adriana Kaliski, que assinou todo o projeto e que deveria atuar, também, como fiscal dos trabalhos.

 

Mas, o que poderia ser uma oportunidade para a profissional sanar as dúvidas das pessoas e aproveitar da melhor forma para esclarecer tecnicamente o projeto, se tornou uma frustração. Talvez não só para o jornalista, que está na chuva há muito tempo e já acostumou a se molhar, mas para os mafrenses, que mereciam uma resposta.

 

Sobre o alagamento, a arquiteta afirmou não saber responder. Quanto aos canteiros e “bicos”, principal reclamação dos motoristas quanto ao perigo oferecido, Elery foi enfática: “Acessibilidade e segurança acima de veículos”.

 

Lamentavelmente, ao invés de usar o espaço a seu favor para esclarecer, a arquiteta parou de responder e preferiu bloquear o jornalista. E assim, se “livrar” de dar respostas, desrespeitando não só o profissional, como todos os munícipes para quem trabalha.

Colunas e textos de opinião são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Riomafra Mix.