“Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco de tempo, e depois se desvanece”. (Tiago 4.14).

 

O apóstolo Tiago escreve uma grande verdade, nua e crua. Nada e ninguém pode invalidar, interferir, mudar ou questionar: a vida na terra é como um vapor. Outras passagens bíblicas dão apoio às palavras do apóstolo, e resumem a vida do ser humano.

 

Vejamos algumas: Jó a compara a um sopro, como a corrida de um atleta. Em sua oração, o Salmista se expressa resumindo a vida em: “largura de palmos, um breve sopro, como sono, como brisas passageiras, como fumaça, como a sombra que passa, mais depressa que a lançadeira do tecelão, como a relva que brota com a alvorada”.

 

Já o profeta Isaías diz que a vida é “como um sopro em suas narinas”, enquanto São Pedro a compara à relva e sua beleza efêmera.

 

Todos sabemos estamos somente de passagem por essa Terra e que enfrentaremos a mesma realidade da mortalidade.

 

Não foi sua escolha vir ao mundo e não é sua escolha fugir da realidade do fim de sua existência. Esse dilema existencial revela que a morte precisa ser enfrentada.

 

O escritor do livro de Eclesiastes diz: “todos vão para um lugar; todos são pó e todos ao pó voltarão”. Não sabemos o dia e a hora, mas sabemos que a existência terrena findará para o rico, o pobre, o orgulhoso, o arrogante, o letrado e o indouto. Todos, indistintamente, chegam e passam.

 

Diante da realizada inquestionável, o que fazer? No Salmo 90, versículo 12, lemos: “Senhor, ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio”. Isto é um conselho para todos nós praticarmos. Nunca é tarde.

 

O Salmista leva muito a sério a brevidade da vida. Ele pede em oração que Deus lhe ensine a aplicar a sabedoria no período de sua existência e se preocupa com o mau uso do tempo em seus poucos dias. Entendemos que o Salmista desejava usar o tempo com sabedoria, pois compreendeu que desperdiçá-lo é jogar fora uma parte da sua vida. Creio que foi pensando da mesma forma, que Osmar Herzog, refere-se ao cemitério como “o lugar mais rico do mundo”. Diz Herzog, que “nele encontramos invenções que nunca foram conhecidas, ideias e sonhos que nunca foram realizados, esperanças que nunca foram alcançadas”.

 

Outra coisa fundamental é orarmos para que Deus nos dê sabedoria para utilizar nosso curto do período de tempo na Terra, cientes de que nossas ações terrenas terão implicações eternas. Afinal, a Bíblia deixa claro que prestaremos contas na eternidade de tudo o que aqui praticarmos.

 

O Salmo 90, verso 10, nos lembra que tudo passa rapidamente, e nós, como pássaros, voamos. Viva intensamente e com sabedoria!