Secretários estaduais de saúde pedem restrição de nível máximo e toque de recolher no Brasil

O documento sugere que as regiões do Brasil com ocupação de UTIs acima de 85% adotem restrições de nível máximo.

 

 

Uma carta aberta divulgada nesta segunda-feira (1º) pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), órgão que reúne os gestores estaduais, cobra por medidas duras e imediatas para conter o avanço da pandemia do coronavírus no Brasil.

 

O documento sugere que as regiões do Brasil com ocupação de UTIs acima de 85% – caso de Santa Catarina, que está acima de 90% – adotem restrições de nível máximo. A carta cita medidas como a proibição de eventos como shows, congressos, missas e atividades esportivas, a suspensão das atividades presenciais na rede de ensino, toque de recolher nacional das 20 às 6 horas e durante os finais de semana, fechamento de praias e bares, criação de barreiras sanitárias em aeroportos e rodovias e ampliação de testagem e isolamento de casos suspeitos.

 

“O relaxamento das medidas de proteção e a circulação de novas cepas do vírus propiciaram o agravamento da crise sanitária e social, esta última intensificada pela suspensão do auxílio emergencial. O recrudescimento da epidemia em diversos estados leva ao colapso de suas redes assistenciais públicas e privadas e ao risco iminente de se propagar a todas as regiões do Brasil. Infelizmente, a baixa cobertura vacinal e a lentidão na oferta de vacinas ainda não permitem que esse quadro possa ser revertido em curto prazo”, diz a carta.

 

Os secretários também cobram a viabilização de recursos emergenciais para o SUS, com aporte dos fundos municipais e estaduais, pedindo também o apoio do Congresso Nacional, o conselho destaca que é necessário um “Pacto Nacional pela Vida” para que as medidas sejam executadas por estados e municípios no país inteiro.