Veja como foi o debate entre os candidatos a prefeito de Mafra

O evento foi organizado em parceria com a ACI de Mafra, CDL Riomafra, Observatório Social e OAB Mafra.

 

Nesta quarta-feira (4), os candidatos a prefeito de Mafra se enfrentam em mais um debate. O evento foi organizado em parceria com a ACI de Mafra, CDL Riomafra, Observatório Social e OAB Mafra.

 

Durante o primeiro bloco, os candidatos Celso Strobel (MDB), Vicente Saliba (PSL), Adriana Dornelles (PSDB), Emerson Maas (Podemos), Donizeti Rasquinho (PSC) e Edenilson Schelbauer (PL) fizeram suas apresentações e expuseram suas principais propostas de governo. O candidato Jeferson Lopes (PRTB) não compareceu ao debate.

 

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Assista abaixo:

 

No segundo bloco, aconteceram as perguntas entre os candidatos. Confira as perguntas:

 

Celso para Barreto

Eu queria que você falasse um pouco sobre o saneamento básico em Mafra.

Resposta: O saneamento básico em Mafra é precário. Os governantes da cidade não se preocuparam durante anos e deixaram a cidade abandonada, não fizeram nada pelo povo.

Réplica: Em função de uma discussão judicial entre a Casan e a prefeitura, as obras de esgotamento sanitário estão paralisadas. Não temos uma estação de tratamento de esgoto operante que se encontra, segundo a Casan, com as licenças em ordem. As obras, no entanto, não iniciaram em função destas questões jurídicas entre a Casan e a própria prefeitura.

Tréplica: Com toda a sinceridade, foi uma má gestão. Se a gestão fosse boa, as coisas estavam andando. Já que não está sendo boa, está tudo parado.

 

Adriana para Celso

O senhor diz que representa a renovação política em Mafra, posto que nunca foi um agente político. Contudo, escolheu o partido MDB que está há mais de 20 anos na gestão pública em Mafra, atualmente com quase 200 cargos comissionados. Como você vai administrar esta situação em que fala que vai ter uma gestão austera, sendo que uma das maiores fatias do orçamento público do município está nas mãos do MDB?

Resposta: Na verdade, em Mafra nós temos 105 cargos no total. Nós estamos propondo uma administração enxuta, vamos reduzir o número de secretarias de 9 para 7, reduzir os cargos comissionados de 105 para 51 e nós vamos colocar como condição que 50% destes cargos serão ocupados por empregados de carreira.

Réplica: Gostaria que o senhor mencionasse especificamente a respeito dos cargos de confiança que estão na mão do seu partido, o MDB: a secretaria de Educação e Desenvolvimento Urbano. São dois cargos que estão na mão do MDB e possuem o maior número de pessoas comissionadas. O que vai acontecer com essas pessoas na sua gestão?

Tréplica: Na verdade, não temos a secretaria de Educação, temos a da Defesa Civil e Desenvolvimento Econômico. Não tenho o número preciso de quantos cargos teríamos de indicação, mas com certeza, eu acredito que não sejam mais que 10 cargos. Posso falar da minha gestão. Nós vamos dar prioridade a empregados de carreira e faremos uma redução substancial, redução esta que significa uma economia anual na faixa de R$ 2 milhões. A nossa arrecadação de IPTU no ano é de 7.7 milhões. No nosso mandato, economizaremos mais de R$ 10 milhões só com esta redução de estrutura que estamos fazendo.

 

Edenilson para Adriana

Nós temos ouvido que sua campanha foi repleta de confusões, carros adesivados irregularmente, declaração de bens não informados no Cartório Eleitoral, por erro de arquivo, nome de cidade trocado em vídeos da OAB, ações jurídicas infundadas, confusões em praça pública. Ou seja, alguns erros e equívocos. Como a senhora se diz preparada e se dispõe como prefeita, gerando uma certa instabilidade para o munícipe, diante destas condições eleitorais em pré-campanha?

Resposta: Primeiramente, em relação a carro adesivado irregularmente. Nós tivemos uma van que foi adesivada de forma irregular pelo pessoal de campanha e tomamos a iniciativa de nos autodenunciamos no Ministério Público, nos colocando à disposição para regularizar isso, inclusive o pagamento de multa. Confusão com nosso time de campanha não aconteceu, isso é fake news. Eu venho sido atacada pelas fake news constantemente. Nossos bens foram apresentados para o Tribunal, o que levou 20 dias para alimentar o sistema. Isso não pode ser atribuído para nossa campanha. Errar é humano, mas se aconteceu um erro, tem que ser corrigido. Ninguém foge à verdade. Essas situações já foram todas regularizadas.

Réplica: Nós vemos em pré-campanha, os recursos adquiridos e vemos, conforme o poder de cada partido na busca do Fundo Eleitoral, percebemos que alguns candidatos estão com muitos recursos. A senhora poderia justificar estes valores que são os maiores valores à disposição de sua candidatura nesta pré-campanha?

Tréplica: Não estamos em pré-campanha. Nós estamos em campanha eleitoral. Os recursos que são recebidos nada mais são do que uma prova do potencial que nós temos junto ao governo de trazer recursos para Mafra. Além disso, eu sou uma candidata mulher e o STF autoriza uma cota superior de 30% para as mulheres. Nossos recursos e despesas estão todos declarados. Não estamos fazendo caixa 2, não estamos pagando churrascadas e cervejadas, nada. Tudo o que está sendo usado em campanha está estritamente dentro da lei e devidamente registrado. Estou fazendo uma campanha limpa e legal.

 

Emerson para Vicente

Sou auditor e vi que em seu plano de governo, o senhor colocou com meta o saneamento básico. Também verifiquei que em 2016, no seu plano de governo junto com o Wellington Bielecki já constava a mesma meta. O senhor como médico não acha que falta de esgotamento e tratamento sanitário influencia na saúde pública e é prioridade em um governo. O que deu errado em seu plano de 2016 e porque acha que agora daria certo?

Resposta: A questão do saneamento básico é uma das coisas mais importantes que Mafra tem precisado, é uma questão de saúde pública e além de tudo, muito onerosa. A questão da Casan, que teve seu contrato encerrado em agosto do ano passado, a pedido do Ministério Público, ela foi instada a tomar providências sobre o início das obras de saneamento básico e não o fez. Nós temos que dar continuidade ao saneamento básico. Nós temos um terreno preparado na Vila Ivete para a estação de tratamento de fluentes. Sem esta estação funcionando, todo o saneamento básico não vai funcionar. Foi dado o início e agora daremos continuidade.

Réplica: Na verdade, as obras de saneamento básico tiveram início em 2010, quando eu estava como secretário na gestão do prefeito Jango Herbst. Após ele ter saído, as obras pararam. Na sequência, o que me assustou é que o senhor já tinha colocado como plano e não foi solucionado. De repente, não se pode cometer os mesmos equívocos na sua nova proposta de governo.

Tréplica: Não serão cometidos. Agora, quem estará no comando do Executivo serei eu. Eu era vice-prefeito e por motivo próprio do prefeito municipal, não sei por que o projeto não andou ou se andou a passou lentos. Mas agora nós daremos toda a continuidade necessária para o saneamento básico. Nós sabemos que a própria Fundação Nacional de Saúde estima que a cada R$ 1,00 investido em saneamento básico, nós economizamos R$ 4,00 em tratamentos pelo SUS. Faremos todo o esforço para colocar o saneamento básico em nosso município.

 

Vicente para Emerson

Em nosso plano, temos várias ações para melhoria e fortalecimento da educação, como a reforma de escolas, melhoria na capacitação de professores, o aumento no número de vagas e creches no período noturno, melhorias na merenda escolar, priorizando a agricultura familiar, internet de qualidade e computadores suficientes. E na segurança, Emerson, o que pensa de bom para Mafra?

Resposta: Precisamos ampliar o videomonitoramento do município. Vamos fazer parcerias com o estado, com a Polícia Militar. Vamos trabalhar e observar a possibilidade de implantação da Guarda Municipal. Eu com o oficial do Exército, temos plenas condições de conhecimento técnico e prático para melhorar a segurança de nosso município. Traremos reforço de várias pessoas qualificadas para trabalhar com a segurança.

Réplica: Nós temos pensado em segurança da seguinte informação: a transformação da nossa Guarnição Especial em batalhão ou comando regional. Isso fomentaria o nosso efetivo nas ruas, o que daria mais segurança para nossa Mafra. A patrulha rural é muito importante e precisamos que nossos produtores rurais estejam cada vez mais assistidos. A limpeza de terrenos baldios com iluminação suficiente. Também é importante o aumento de câmeras de segurança e aproveitar os relatórios de inteligência que a Polícia Militar produz mensalmente para saber quais os bairros e áreas com mais problemas para dar uma atenção prioritária e preventiva.

Tréplica: O mais importante que remediar é prevenir. Vamos fazer um trabalho muito forte de empreendedorismo nas escolas, implantando o contraturno para tirar das crianças a possibilidade de ter contato com a criminalidade. A gente precisa tirar as crianças das ruas, trazer atividades esportivas e empreendedoras para que não caiam no mundo do crime. Não adianta ficar enchendo nossos presídios e não resolver o problema na causa. Quando a gente tem um problema, nós precisamos analisar a causa, a raiz do problema.

 

Barreto para Schelbauer

Está em seu plano de governo que o senhor vai reduzir a Cosip em um ano, mas em 2016, você presidiu a câmara e o senhor colocou em pauta esta cobrança. O que o senhor tem a explicar sobre isso?

Resposta: Como estamos tratando de um tributo municipal, em 2016, o prefeito municipal Wellington Bielecki e seu secretário Enalto Gondrige procuraram a Câmara de forma pessoal e levaram o problema de arrecadação que era deficitária com relação à Cosip. Como é de iniciativa própria, o projeto de lei tanto para majorar ou diminuir o valor da Cosip, ficou na justificativa do projeto que os valores seriam equalizados. O presidente é o que menos delibera os projetos de lei e vai votar em casa de empate. Eu enquanto vereador, eu estava impotente de atuar ou intervir neste caso.

Réplica: Como presidente da Câmara, o senhor não poderia ter engavetado isso?

Tréplica: Não poderia ter engavetado este projeto de lei. As comissões trazem para o seu presidente parecer favorável como foi na íntegra das comissões. O presidente tem a obrigação de levar o projeto de lei em pauta para o Plenário. Se eu não tivesse levado estaria incorrendo em uma infração política administrativa de ética parlamentar. Aí sim teria razão para cassar meu mandato de vereador, na época.

 

O último bloco foi dedicado às perguntas das entidades, onde os candidatos deram seu parecer sobre o desenvolvimento econômico do município, as altas taxas da Cosip, o sucateamento do maquinário e a terceirização do setor de obras e falta de representatividade na Assembleia Legislativa. Confira as respostas de cada candidato:

 

No âmbito do Desenvolvimento econômico de Mafra, qual sua proposta de governo para impulsionar este setor?

Vicente: Nosso município tem muitas formas de impulsionar e melhorar o desempenho de nossas empresas. Nós temos muitos impostos municipais e o município pode trabalhar com eles, dando incentivos fiscais às empresas. Faremos um grande esforço para buscar novas empresas e impulsionar a economia do município.

Schelbauer: Nós precisamos fazer bastante com o pouco que temos e valorizar as riquezas do nosso povo, da nossa agricultora. Precisamos que o poder público busque uma saída para o desenvolvimento, com incentivos fiscais e com a implantação de um complexo industrial para geração de emprego e renda, proporcionando a extensão daqueles que desejam progredir em nosso município.

Adriana: Inicialmente, formaremos uma comissão interna de desenvolvimento e economia. Temos como princípio o liberalismo econômico. Isso quer dizer, que pretendemos fazer uma avaliação dos tributos municipais para redução da carga tributária. Pretendemos também incentivar o turismo rural. Temos potenciais imensos aqui, como o turismo do Cenpaleo, que não vem sendo explorado adequadamente no município. Queremos criar a incubadora de empreendedores a exemplo de Rio Negrinho para facilitar a vinda de novas empresas e para gerar mais empregos para nossos jovens.

Barreto: Minha proposta é atrair empresas para a cidade de Mafra. Já tive várias conversas com empresários e muitos disseram que iriam se intalar em Mafra. Vamos dar oportunidade para os pequenos comércios. Isso é muito importante e ninguém dá valor aos pequenos comércios. Isso nós iremos fazer.

Maas: Eu trabalho com empreendedorismo e tenho auxiliado muitos municípios a desenvolver sua economia. Dentro de nosso plano, temos 19 projetos para o desenvolvimento econômico. É importante trazer empresas de fora. Teremos um centro de empreendedorismo para acolher pessoas em vulnerabilidade, microempreendedores individuais e a agricultura familiar.

Celso: Vamos potencializar o desenvolvimento econômico criando uma secretaria do agronegócio, com olhar especial para a agricultura familiar, agroindústria e turismo rural. Na parte da indústria, vamos potencializar a secretaria de Desenvolvimento Econômico e a indicação do secretário será feita em conjunto com as associações. Vamos rever a lei que consegue incentivos para a instalação de empresas, do ponto de vista físico e tributário. Vamos atender os MEIs através do programa Juro Zero, a exemplo do que existe em Jaraguá do Sul.

 

Qual sua ação efetiva para apoiar um candidato da cidade de Mafra ou região, como representante da Assembleia Legislativa?

Celso: Lamentavelmente não temos nenhum representante. Devemos trabalhar de forma conjunta com os municípios da região para eleger um deputado. Se a gente convergir forças e se unir, a gente consegue isso. Temos em Mafra 30 mil eleitores e se nos unirmos a Canoinhas, Itaiópolis, Papanduva, Rio Negrinho, nós conseguiremos uma liderança na Assembleia Legislativa.

Barreto: Eu tenho um representante, o deputado Jair Mioto, que mandou respiradores para o Hospital São Vicente de Paulo. Para mim, é um deputado que está junto conosco, ajudando Mafra. Mafra não tem deputados, por causa de uma briga política. Eu mesmo já disso para o povo votar em candidatos de Mafra, porque nós perdemos muito votando em candidatos de fora. Enquanto houver essa briga política e colocar vários candidatos na disputa, Mafra não vai crescer nunca.

Adriana: Na última eleição, fui candidata única a deputada federal. Se Mafra tivesse unido forças, poderíamos hoje ter uma deputada federal atuante. Não tenho dúvidas que os R$ 20 milhões destinados a mandatos parlamentares seriam investidos, em grande parte, na nossa cidade. Precisamos unir forças, deixar de lado as disputas políticas, as questões ideológicas e pensar em um único partido, o partido “Mafra”. Pedi isso na eleição passada e não consegui, mas se for prefeita, vou trabalhar muito para que isso aconteça.

Schelbauer: Na atual divisão partidária que temos no Brasil, eu vejo dificuldades de aglutinar nomes e siglas. O sistema esta errado. Em nossa coligação, nós buscamos pessoas com força política no estado e governo federal. Sou solidário para unir forças e buscar uma liderança na Assembleia Legislativa.

Vicente: Eu concordo com os demais. Se o chefe do Executivo estiver preocupado com essa representação, o prefeito tem grande responsabilidade nisso. Vamos tentar fazer, dentro deste universo de partidos políticos, uma grande união para que tenhamos mais candidatos atuantes no Legislativo.

Maas: O político não é rei, ele é funcionário público e deve ser cobrado. Eu fico impressionado quando recebemos visitas de deputados e senadores, eles são tratados como reis. Aí ele pensa “todo mundo me adora, pra quê vou mandar recursos para eles?”. Nós precisamos unir forças com a sociedade civil organizada e fortalecer um grupo em nossa sociedade, para que os políticos ouçam suas demandas. Foi desta forma que quando fui secretário de desenvolvimento, conseguimos trazer para Mafra a pavimentação das marginais, o viaduto, a escola técnica federal e várias empresas, com a sociedade civil organizada. Se a gente tiver unido, os políticos não vão ficar só passando migalhas, como acontece hoje em dia.

 

Qual cenário o candidato projeta para o setor técnico de obras da prefeitura e seus funcionários, e o que pretende fazer com os milhões desperdiçados em equipamentos que hoje estão sucateados e encontram-se abandonados pela prefeitura.

Vicente: Os equipamentos sucateados que não tem mais serventia, o único caminho é o leilão. Na nossa gestão, vamos valorizar nossos servidores efetivos, faremos concurso público quando possível e fomentar o trabalho interno no município. Tudo o que pudermos fazer em casa é mais barato. Tenho certeza que nós conseguiremos, através de pessoas competentes de nosso funcionalismo público.

Barreto: Infelizmente o governo atual fez um desperdício de dinheiro da cidade. Deixaram a cidade abandonada e onde está este maquinário. Eu ando pela cidade e não vejo. Eu acho que o povo paga um preço muito alto por uma má gestão.

Maas: Primeiramente temos que verificar o maquinário e ver o que é possível recuperar. Queremos também comprar uma usina de asfalto quente para Mafra. O asfaltamento do São Lourenço custou R$ 12 milhões e com metade deste valor, poderíamos comprar uma usina e todo o equipamento necessário para fazer a pavimentação do nosso município. Queremos também explorar novas pedreiras no município e sanar o problema de pavimentação. Vamos criar um gabinete do prefeito dentro do centro de serviços. O prefeito precisa trabalhar junto com os funcionários públicos, estruturando um plano de manutenção de maquinas e suprindo esta demanda de obras, seja na cidade ou no interior.

Celso: É necessário realmente uma melhoria no centro de serviços. Nós temos condições de executar essas obras com o maquinário que já temos e valorizando os servidores de carreira, que muitas vezes se sentem desmotivados porque o trabalho está sendo terceirizado. Nós temos vários empregados que tem habilidade e conhecimento para certos serviços, que hoje, estão sendo feitos fora.

Adriana: Nosso vice Nicolau Kluska é um exímio conhecedor de máquinas. Estivemos em Porto União e lá conversamos com o atual prefeito e ele nos colocou que a primeira coisa que ele fez foi a recuperação do maquinário abandonado. Vamos fazer o mesmo, reaproveitar o que for possível para baratear o custo desta atuação. Vamos valorizar também os servidores públicos de carreira e não vemos porque terceirizar tanto os serviços com um número tão elevado de servidores efetivos.

Schelbauer: Um dos motivos que nos levou a fazer uma oposição densa a esse governo foi justamente o descaso com o tratamento das máquinas do município e com o funcionalismo. Nós vemos que o sucateamento veio por conta da busca por empresas terceirizadas e já fizemos várias denúncias no Ministério Público e lá tramita alguns processos de improbidade administrativa. A nossa luta é mudar esse descaso com as máquinas e servidores que lá operam.

 

Seu plano de governo contempla ação imediata no sentido de estabelecer uma alíquota de cobrança mínima, de forma a cobrir o custeio da iluminação pública e o investimento efetivo na melhoria do Parque de Iluminação Pública? Sua gestão assume o compromisso do investimento deste recurso na modernização da iluminação pública, através da tecnologia LED, de maior eficiência, menor manutenção e consumo, resultando ao sistema efetiva redução no valor da Cosip?

Celso: Nosso primeiro ato é encaminhar a revisão da Lei da Cosip. Essa taxação é muito séria, tanto para o comércio quanto para a agricultura. Vamos revisar a base tarifária da Cosip e trabalhar pela transparência na gestão da aplicação deste recurso. Se o objetivo principal desta contribuição é melhorar a iluminação urbana através da colocação de lâmpadas de LED, isso imediatamente tem que ser feito.

Schelbauer: Esses valores são absurdamente elevados e nosso objetivo smepre foi desvincular os 30% desta contribuição para outras atividades. A menina dos olhos nunca foi somente manter a luz ligada, mas sim desvincular. Nosso compromisso é fazer esta quebra, baratear custos e desta forma, tratar com a Câmara de Vereadores e a Lei Orçamentária e instituir a suspensão da cobrança para a regularização de uma taxa mínima.

Vicente: É um consenso rever esta Lei da Cosip. Nós sabemos que há vários agricultores que tem três ou quatro medidores em suas granjas e estufas, e estão pagando três ou quatro taxas de Cosip. Isso é completamente desproporcional. Debateremos o assunto com a participação da sociedade e investiremos o montante em lâmpadas de LED. Reveremos sim a Lei da Cosip, para baratear os custos para nossos consumidores.

Maas: Não concordamos com essa oneração de 30% para vinculação em outras atividades que não seja a iluminação pública. A Cosip existe especificamente para a iluminação e a cobrança de outras taxas não são cabíveis. Vamos revisar isso com certeza e reavaliar os meios utilizados na iluminação, com lâmpadas e serviços específicos. Sabemos que é possível reduzir os custos utilizados e aplicados dentro da iluminação pública.

Adriana: Nosso plano de governo também contempla a revisão da Cosip que não é utilizada de forma transparente, com reserva destinada a outras áreas que não a iluminação. Eu como advogada, já ingressei na Justiça, pedindo a reavaliação disso, pela inconstitucionalidade de como a Cosip é cobrada hoje, pois ela não resguarda os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade do valor. Temos agricultores que pagam valores absurdos e isso precisa ser revisto imediatamente.

Barreto: Vamos avaliar através do nosso jurídico, referente a Cosip. É uma vergonha andar pelas ruas da cidade e ver as lâmpadas amarelas que gastam uma fortuna. Mas tenho certeza que no governo do Barreto, vamos trabalhar para fazer a troca de lâmpadas para tecnologia de LED.