Durante isolamento, riomafrense passou de 4 para 12 horas na Internet

De acordo com a estimativa dos técnicos, o tráfego de dados teve ampliação de 46% nos últimos dias

O tempo médio de permanência do riomafrense conectado à internet passou de 4 para 12 horas diárias. Os dados locais são da Acessoline Telecom (ALT) e o aumento do uso da Internet já era previsto pela Anatel que, nas últimas semanas, já havia enviado ofício às operadoras e provedores solicitando medidas para melhorar a velocidade de conexão e flexibilização de prazos para assinantes.

De acordo com a estimativa dos técnicos da ALT, o tráfego de dados teve ampliação de 46% desde o início do isolamento social. Os técnicos apontam que durante o dia, o consumo predominante dos riomafrenses tem sido para a viabilização do Home Office; já no período noturno as redes sociais e jogos online se tornaram o principal passatempo de quem está em casa.

A estudante Samara Fuhs, de 13 anos, é uma das internautas que confirma esses dados. Segundo ela, antes da quarentena, costumava ficar conectada por algumas horas no período noturno. Agora, com mais tempo livre, tem utilizado as redes sociais e acessa filmes online sempre à tarde e a noite, tempo que deve se ampliar com o sistema de aulas a distância, implantado pela Secretaria de Educação do Paraná nesta segunda-feira (06).

Uma rede que a estudante passou a utilizar mais nos últimos dias, é o Tiktok, aplicativo de mídia destinado ao compartilhamento de vídeos curtos e que se tornou febre entre os adolescentes. “A internet ajuda muito quando podemos usar para estudar, mas tem também que ter limites, porque acabamos nos dispersando somente com entretenimento e diversão”, avalia.

O gerente de vendas Aldrey Farias tem estado na quarentena desde o início do isolamento social e, assim como Samara, tenta utilizar o tempo conectado também para a aprendizagem. “Tenho utilizado mais a internet para ver filmes e cursos online”, explica. Mesmo assim, o mafrense admite passar o tempo todo conectado, mantendo o tempo de uso de redes sociais sob controle. “Acho que as redes sociais vêm trazendo muitas informações falsas, e o excesso de informação pode acarretar em mais ansiedade”, explica.

Mãe de três meninos, a empresária Kelly Walter Pinotti conta que ela, as crianças e o marido têm passado praticamente o dia todo conectados. “O marido já passava boa parte do dia conectado por causa do trabalho, porém agora também acompanha vídeos online; os meninos vivem nos joguinhos; já eu, fico conectada às redes sociais, em palestras sobre gestão de crise e lives de evangelização”, explica.

Ela conta que nos últimos dias percebeu o retorno das pessoas nas contas de facebook e ela mesma adotou um novo app, o Tiktok. “Virou uma diversão em família quando fazemos vídeos juntos. É um meio de descontrair e atribuir outro sentido ao isolamento, a gente não fica com a sensação de medo”, observa. Para Kelly, tanto as ferramentas digitais quanto o tempo em casa trouxeram também um tempo de qualidade dos pais junto aos filhos. “Temos aproveitado mais tempo juntos, tempo de observar os filhos, conversar com eles, o tempo que antes reclamávamos tanto de não ter”, relata.

Com base nos dados que apontam a demanda adicional pelo uso da Internet, a ALT informa que ampliações em toda a rede vêm sendo executadas nos últimos dias. Segundo o Diretor da ALT, Rodrigo Bestetti , apesar de alguns serviços de streaming terem aplicado restrições de qualidade de imagem para reduzir o tráfego de dados, a exemplo da Netflix, Youtube e Globo Play, a qualidade de banda fornecida aos riomafrenses tem se mantido. “Estamos trabalhando como nunca para garantir a qualidade nesse período, claro sem deixar de se preocupar com a saúde de todos nossos colaboradores e clientes”, complementa o gerente operacional Marlon Nicloti.