Mafrense fala sobre os desafios de trabalhar como motorista de aplicativo

Pricila Micheli Luiz tem 44 anos e atua como terapeuta e motorista de aplicativo em Riomafra. Moradora do Alto de Mafra, Pricila encontrou nas corridas a oportunidade de fazer uma renda extra e criar sua própria rotina de trabalho.

A motorista tem cadastro no aplicativo Gold Driver e atende apenas a categoria feminina. Para Priscila, ter a opção de escolher apenas passageiras traz mais tranquilidade para a corrida. “Além de garantir a minha segurança, as clientes que atendo ficam muito mais à vontade com uma motorista mulher”, disse.

Dados apontam que a proporção de mulheres que atuam como motorista ainda é muito baixa em comparação aos homens. Segundo Priscila, em Riomafra, há pelo menos 6 mulheres atuando na cidade pelo aplicativos de mobilidade.

“Espero que assim como eu, mais mulheres tenham essa experiência como motorista. Apesar dos desafios, é muito gratificante conhecer pessoas, ouvir suas histórias e levá-las para seus destinos. Ainda assim, é importante ter cuidado e responsabilidade, principalmente ao atender todos os públicos”, disse.

A relação com a profissão surgiu na vida de Pricila durante a infância. Ela conta que ainda bebê, costumava ir sozinha de táxi até a casa de sua avó em Rio Negro. “Tínhamos um motorista de confiança, o senhor Ivo Righetto, que era como se fosse nosso motorista particular”, conta.

Com o tempo, Pricila conheceu outros taxistas que passaram a acompanhá-la no seu dia-a-dia. “Eu sempre podia contar com eles, era como se fossem parte da família. Além de motoristas, eram meus psicólogos. Sempre estavam lá para me ouvir”, conta.

Foi então que Pricila decidiu seguir a trajetória dos amigos e entrou para o ramo de corridas, com o diferencial de atender um público específico apenas por aplicativo. “A experiência não poderia ter sido melhor. O carinho e gratidão das minhas clientes e colegas de trabalho é muito compensador”, disse.

Segundo a motorista, o trabalho é todo regularizado e o aplicativo cobre seguro tanto para os motoristas quanto para os passageiros. “É muito importante que as pessoas tenham uma oportunidade de crescimento, onde possam trabalhar de forma independente, segura e com autonomia para fazer seus horários”, concluiu.