Meninas de Rio Negro: Irmãs conquistam espaço na música gaúcha
Há 6 anos na estrada, as irmãs rionegrenses Camila e Natália Elias se destacam pela habilidade no violão e acordeon.

Há 6 anos na estrada, as irmãs rionegrenses Camila e Natália Elias iniciaram sua trajetória na música gaúcha com a formação da dupla “Meninas de Rio Negro”.
O amor pela música surgiu cedo para Natália que começou a cantar na igreja logo na infância. Aos 9 anos, ela iniciou nas aulas de teclado e aos 12, enfrentou um novo desafio, aprender a tocar acordeon. Camila, por sua vez, seguiu os passos da irmã e começou nas aulas de violão aos 15 anos.
Com a convivência e o aperfeiçoamento das aulas, as meninas decidiram criar uma dupla. Apesar das dificuldades, elas juntaram dinheiro e gravaram seu primeiro disco, com regravações de outros artistas.
O material foi bem aceito pelo público e alçou a carreira das irmãs. Recentemente, as jovens lançaram seu segundo disco que contou inteiramente com composições inéditas.
“Tivemos a ajuda de nosso pai no processo de composição e fizemos um planejamento bem maior para o segundo disco”, contaram.
Segundo as meninas, o apoio da família foi muito importante para a carreira na música. Desde o início, os pais abraçaram o projeto, comparecendo em todos os shows e bailes onde as filhas se apresentavam.
Paralelo à carreira, Natália trabalha como professora de acordeon na escola de música onde aprendeu o instrumento. Camila trabalha na área educacional e também dá aulas de violão em casa.
Segundo a dupla, viver somente de música ainda é um desafio, ainda mais durante a pandemia.
“O isolamento atingiu todo mundo e principalmente a classe artística. Eu e Camila temos outros meios de ganho, mas quem trabalhava apenas com shows e festas, não está conseguindo se manter. É uma situação bem complicada”, lamentam.
Diante das dificuldades, a dupla tem feito lives na internet para divulgar o trabalho na música. Ainda assim, a saudade dos palcos é muito grande.
“Nesse período de pandemia, a gente sente muita falta de tocar, do carinho do público e dos lugares que conhecemos. É por isso que fazemos as lives, para matar a saudade dos shows”.
Dificuldades
Dentre as principais dificuldades na trajetória da dupla, as meninas destacam o preconceito.
“A rejeição já começa quando você fala que trabalha com música e as pessoas não acreditam. Não é uma jornada fácil, exige investimento e dedicação. Não é só pegar um instrumento e tocar, são horas de estudo e preparação”, pontuaram.
Apesar disso, o fato de serem mulheres nunca foi um impeditivo. “Na verdade, isso foi o que alavancou nosso nome. Querendo ou não, duas mulheres tocando acordeon e violão chama a atenção. Às vezes acontecem algumas situações de assédio, mas levamos na esportiva. Nos shows, temos apoio dos seguranças e ninguém extrapola, é sempre muito tranquilo”, contam.
Para saber mais sobre o trabalho das Meninas de Rio Negro, confira a live show abaixo:
Serviço
Meninas de Rio Negro
Facebook: @camilaenatalia
Instagram: @meninas_de_rio_negro