Quais os golpes bancários mais aplicados? Veja lista e dicas para se proteger
Segundo a Federação Brasileira dos Bancos, os 10 principais tipos de golpes geraram 523 milhões de queixas.


A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) divulgou nesta segunda-feira (14), um levantamento dos golpes mais aplicados contra clientes de bancos em 2024.
A lista inclui 10 tipos de golpes, sendo o mais comum o golpe do WhatsApp, com cerca de 153 milhões de casos, no qual criminosos tentam clonar a conta da vítima.
Em segundo lugar, está o golpe da falsa venda, com 150 milhões de casos, seguido pela falsa central telefônica, que registrou 105 milhões de queixas no último ano.
Veja a lista dos 10 golpes mais aplicados em 2024:
– Golpe do WhatsApp, com 153 mil reclamações
– Falsas vendas, com 150 mil reclamações
– Falsa central, com 105 mil reclamações
– Pescaria digital, o chamado Phishing, com 33 mil reclamações
– Falso investimento, com 31 mil reclamações
– Troca de cartão, com 19 mil reclamações
– Envio de falso boleto, com 13 mil reclamações
– Devolução de empréstimo, com 8 mil reclamações
– Mão fantasma, com 5 mil reclamações
– Falso motoboy, com 5 mil reclamações
Entenda como cada golpe funciona e como se proteger
Golpe do Whatsapp
O golpe do WhatsApp acontece quando criminosos tentam clonar a conta de WhatsApp da vítima. A Febraban orienta a habilitar, no aplicativo, a opção “Verificação em duas etapas”. Desta forma, é possível cadastrar uma senha que será solicitada periodicamente pelo aplicativo.
Nesse tipo de golpe, o criminoso tenta cadastrar o WhatsApp da vítima em outro aparelho. Para obter o código de segurança que o aplicativo envia por SMS sempre que é instalado em um novo dispositivo, o falsário envia uma mensagem se fazendo passar por algum tipo de serviço de atendimento ao cliente. Nessa mensagem é solicitado o código para a vítima.
Falsa venda
No golpe de falsa venda, os criminosos criam páginas falsas que simulam e-commerce, enviam promoções inexistentes por e-mails, SMS e mensagens de WhatsApp e investem na criação de perfis falsos de lojas em redes sociais.
A orientação é ficar atento a falsas promoções ou a preços praticados muito abaixo dos cobrados pelo comércio. Também é importante tomar cuidado com links recebidos em e-mails e mensagens e dar preferência aos sites conhecidos para as compras.
Falsa central bancária
Já no golpe da falsa central bancária ou falso atendente, os criminosos se passam por funcionários do banco ou empresa com a qual o cliente tem um relacionamento ativo. Geralmente, nesse contato, o estelionatário diz haver algum tipo de problema na conta ou relata alguma compra irregular.
A partir daí, solicita os dados pessoais e financeiros da vítima e orienta que realize transferências alegando a necessidade de regularizar problemas na conta ou no cartão.
Nesses casos, a Febraban orienta o cliente a sempre verificar a origem das ligações e mensagens recebidas contendo solicitações de dados.
“Os bancos podem entrar em contato com os clientes para confirmar transações suspeitas, mas nunca solicitam dados pessoais, senhas, atualizações de sistemas, chaves de segurança, ou ainda que o cliente realize transferências ou pagamentos alegando estornos de transações. Ao receber uma ligação suspeita, o cliente deve desligar, e de outro telefone, deve entrar em contato com os canais oficiais de seu banco”, diz a entidade.
Phishing
No caso do phishing, ou pescaria digital, a fraude é praticada mediante o envio de links suspeitos contendo vírus que capturam os dados pessoais das vítimas. Esse envio pode ser feito por meio de e-mails de mensagens falsas que induzem o usuário a clicar em links suspeitos.
A orientação é nunca clicar em links recebidos por mensagens e manter os aplicativos de antivírus sempre atualizados.
Falso investimento
O golpe do falso investimento geralmente é praticado por meio da criação de sites de empresas de fachada e perfis em redes sociais para atrair as vítimas e convencê-las a fazerem investimentos altamente lucrativos e rápidos. Por isso, é importante desconfiar de promessas de rendimentos ou retornos muito acima daqueles praticados no mercado.
Troca de cartão
O golpe da troca de cartão geralmente ocorre quando golpistas que trabalham como vendedores trocam o cartão na hora de devolvê-lo, após uma compra. Eles prestam atenção na senha digitada na maquininha de compra e depois fazem compras com o cartão do cliente.
Envio de falso boleto
Golpistas falsificam boletos, inserindo seus próprios dados bancários para receber o pagamento, explorando a falta de atenção dos pagadores.
Para se proteger, verifique cuidadosamente os dados do boleto, como CPF ou CNPJ do emissor, data de vencimento e valor. Ao pagar, seja por caixa eletrônico, aplicativo ou internet banking, confira se os dados do beneficiário exibidos correspondem aos do boleto físico. Se a conta não pertencer ao beneficiário correto, não conclua o pagamento.
Devolução de empréstimo
O criminoso, com os dados da vítima, contrata um empréstimo em uma instituição financeira, direcionando o valor para a conta legítima do cliente. Depois, os golpistas contatam a vítima pedindo a devolução do dinheiro para, supostamente, cancelar a operação, indicando uma chave Pix ou boleto para o pagamento.
Se receber esse tipo de contato, verifique imediatamente com o banco pelos canais oficiais (telefone, site ou aplicativo). Caso seja necessário devolver algum valor, o banco usará apenas seus canais oficiais para orientar o procedimento. Nunca transfira dinheiro para contas desconhecidas.
Mão fantasma
O golpista, fingindo ser funcionário do banco, entra em contato com a vítima alegando problemas como invasão de conta, clonagem ou movimentações suspeitas. Ele oferece enviar um link para instalar um aplicativo que, segundo ele, resolverá o problema. Caso a vítima instale o app, o criminoso obtém acesso total aos dados do celular.
Desconfie imediatamente de qualquer contato desse tipo. Desligue o telefone e, usando outro aparelho, entre em contato com o banco pelos canais oficiais para verificar se há alguma irregularidade com sua conta.
Falso motoboy
O golpe inicia com uma ligação de alguém que se passa por funcionário do banco, alegando que o cartão do cliente foi clonado e precisa ser bloqueado. O golpista instrui a vítima a cortar o cartão ao meio e solicitar um novo pelo atendimento eletrônico, pedindo que a senha seja digitada no telefone. Ele ainda afirma que, por segurança, um motoboy buscará o cartão para uma suposta perícia. O que a vítima desconhece é que o chip do cartão, mesmo cortado, permanece funcional, permitindo transações fraudulentas.
Fique alerta: bancos nunca solicitam a devolução do cartão ou enviam alguém para buscá-lo na residência do cliente. Desligue a chamada imediatamente e, usando outro telefone, contate o banco para confirmar se há alguma irregularidade.
Com informações da Agência Brasil.