Justiça considera válida a consulta pública dos colégios cívico-militares
Juiz negou pedido de liminar solicitado por Sindicato e manteve resultado da consulta pública e validade de todos os atos administrativos.

A consulta pública e os atos administrativos para a implantação de colégios cívico-militares no Paraná foram considerados válidos pela 4ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba.
O juiz substituto Eduardo Lourenço Bana negou o pedido de liminar da APP-Sindicato, que pedia a suspensão imediata da consulta, e também considerou que todo processo de consulta foi legal, cumprindo o que determinava a Lei nº 20.338/2020 (Lei dos Colégios Cívico-Militares).
Em seu despacho, o juiz refutou a tese dos representantes dos professores que afirmavam que não houve ampla divulgação para a consulta pública. No texto o juiz destacou: “Com relação à publicidade da convocação, não se verifica a nulidade invocada, uma vez que foi dado amplo conhecimento do ato, o que se constata, inclusive, pelo fato de que se atingiu a finalidade da convocação, a saber, a participação da comunidade escolar em quórum suficiente para deliberação sobre a implantação do programa”.
Na decisão judicial, foi destacado que a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed-PR) cumpriu de forma correta a consulta pública, bem como o artigo 13 da Lei nº 20.338/2020 (Lei dos Colégios Cívico-Militares). O juiz ressaltou que “a consulta convocada pelo réu (a Secretaria) não é requisito para ratificação da lei e criação do programa, mas requisito para implantação do programa na instituição de ensino cuja comunidade escolar está sendo consultada”.
O juiz não aceitou a argumentação do sindicato que houve falha na escolha das escolas, por incluir alguns colégios com ensino noturno. Na decisão judicial foi destacado que “a consulta pública é apenas um dos requisitos para implantação do programa nas instituições de ensino”, “antes da efetiva implantação do programa o preenchimento de todas as condições impostas pela lei”.
Rio Negro
Os colégios Caetano Munhoz da Rocha e Ovande do Amaral, em Rio Negro, vão implementar a partir de fevereiro de 2021, o modelo cívico-militar em suas unidades.
O processo de consulta pública começou no dia 27 de outubro, conforme a lei que regulamenta os colégios cívico-militares.
A consulta no Caetano Munhoz da Rocha contou com a participação de 219 votantes, dos quais 215 foram favoráveis à medida e 4 foram contra. Já o Colégio Ovande do Amaral teve 295 votantes, com 253 votos favoráveis e 42 contra.
Com informações da Agência Estadual de Notícias.