Transparência na vacinação contra covid-19 avança na Alesc
Até esta quarta-feira, o Estado havia recebido 3.437.010 doses, conforme dados do próprio governo.


As comissões permanentes da Assembleia Legislativa têm em suas agendas projetos de leis que visam dar maior transparência no uso das vacinas contra a covid-19 em Santa Catarina. Em várias frentes, as ações dos parlamentares têm como objetivo deixar claro à população onde e quando estão sendo usadas as doses e quem está recebendo os imunizantes.
Até esta quarta-feira (2), o Estado havia recebido 3.437.010 doses, conforme dados do próprio governo. De acordo com os números do site Vacinômetro SC, abastecido pela Secretaria da Saúde, também até o meio da tarde desta quarta-feira 1.766.369 pessoas receberam a primeira dose (F1), ou seja, 24,36% da população a ser vacinada, sendo 81,01% dos grupos prioritários. Além disso, 759.803 moradores de SC tomaram as duas doses (D2) – 10,48% da população, 34,85% dos grupos prioritários. Ainda conforme o site, 2.526.172 doses foram aplicadas em SC.
Na Alesc, a Comissão de Constituição e Justiça aprovou o PL 22/2021, de autoria da deputada Paulinha, que institui o sistema de transparência para o rastreamento das doses e identificação dos vacinados. O projeto de lei impõe várias exigências, entre elas o nome completo de quem recebeu o imunizante. A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público aprovou o PL 56/2021, do deputado Volnei Weber (MDB), que visa a estabelecer maior controle no processo para evitar possíveis fraudes. Weber explica que o projeto foi elaborado em função dos equívocos que já foram cometidos e que têm sido noticiados, visando a diminuir a insegurança na hora da vacinação.
Rodrigo Minotto (PDT) protocolou um Pedido de Informação endereçado à Secretaria da Segurança Pública solicitando dados sobre a recusa de PMs em receber a vacina. O parlamentar quer saber quantos policiais assinaram o Termo de Recusa, seus nomes e quantos morreram em decorrência da doença.
“Inaceitável”
Essa foi a palavra usada pelo governador Carlos Moisés para definir o blackout de quatro dias em Caçador e outras cidades, após o tornado que atingiu a região do Meio-Oeste. O governador determinou que técnicos da Celesc se debrucem sobre o problema e tragam a solução definitiva no mais curto espaço de tempo possível. Moisés não descarta a possibilidade de ir a Brasília tratar do assunto junto ao Operador do Sistema Elétrico e ao Ministério de Minas e Energia.
Livre passagem em rodovias
Se tem algum parlamentar satisfeito com a sanção presidencial do Projeto de Lei que define regras para a implantação de sistema de livre passagem com identificação eletrônica em pedágios nas rodovias brasileiras é a deputada federal Angela Amin (Progressistas). Afinal, a medida foi derivada de proposta apresentada por ela na Câmara em 2008 – e reapresentada pelo então deputado federal Esperidião Amin em 2011 – com o objetivo de isentar de cobrança os moradores dos municípios com praças instaladas. “Além de reduzir o valor devido, a solução aumenta a fluidez do trânsito e acaba com as filas que com frequência se formam nas praças de pedágio”, comentou Angela.
Críticas (1)
Os cortes no Orçamento da União que forçaram o governo do Estado a investir em obras federais mereceram críticas de deputados na Alesc. Para Fabiano da Luz (PT), o investimento estadual é “atestado da incompetência do governo federal, descaso da Presidência da República com SC”. Para o deputado de oposição, “temos que salvar as obras federais para que a gente não perca mais vidas. O cidadão não quer saber de onde vem o dinheiro, quer ver a obra concluída.”
Críticas (2)
Outros parlamentares reforçaram o coro dos descontentes. Dr. Vicente Caropreso (PSDB) afirmou que sempre foi complicado para SC obter recursos para obras federais. “Nós basicamente temos uma única rodovia duplicada, acho que é o pior estado em termos de rodovias federais”, comentou. “O estado merece respeito.” Fernando Krelling (MDB) ironizou: “E continuamos batendo palma”, disse. “Temos que chamar a atenção do governo federal, que vai reduzir recursos que vão fomentar a economia de Santa Catarina.”