Comissão do impeachment de Moisés e a eleição de 2022

Caso se confirme o afastamento do governador, os planos dos partidos e políticos para 2022 terão que ser antecipados.

Instalada na manhã de quinta-feira (27), na Alesc, a comissão que vai definir se há ou não motivos para o impeachment do governador Carlos Moisés (PSL) terá o deputado João Amin (PP) como presidente e Luiz Fernando Vampiro (MDB) como relator. Maurício Eskudlark (PL) é o vice-presidente e Jessé Lopes ficou com  vice-relator.

 

O desenho da comissão mostra que os partidos estão marcando território, sobretudo se preparando para o pior: uma possível nova eleição, indireta ou não. Entre o certo e o duvidoso, os deputados mais uma vez dão indicativo de que a política não é para amadores e que coincidências nunca são só coincidências.

 

Além dos já citados, também integram a comissão Moacir Sopelsa (MDB); Sergio Motta (Republicanos), pelo Bloco PP-PSB-Republicanos-PV; Marcos Vieira (PSDB) e Ismael dos Santos (PSD), pelo Bloco Social Democrático (PSD-PSDB-PDT e PSC); e Fabiano da Luz, pelo PT.

 

Caso se confirme o afastamento do governador, os planos dos partidos e políticos para 2022 terão que ser antecipados. É aí que entram os anseios das principais lideranças de olho na sucessão de Moisés, e que só deveria ocorrer daqui dois anos: o senador Amin (PP), o senador Jorginho Mello (PL) e o MDB que tem Dário como opção, todos fortes candidatos em 2022.

 

Moisés, mais uma vez fica com pouco espaço para tentar se impor na comissão. A líder do governo, deputada Paulinha (PDT), acabou preterida no bloco e tenta a via judiciária para entrar para comissão.

 

Se buscar um acordo, o governador precisará considerar os nomes que aparecem nesta lista para 2022 e parece muito improvável que seja possível “agradar a todos”.

 

Institucional

Em visita à sede da Associação dos Diários do Interior (ADI), o presidente da SC Gás, Willian Lehmkuhl, falou das ações da empresa da administração indireta em busca de um diálogo mais estreito com a imprensa no interior do Estado. A Companhia de Gás de SC é uma das empresas mais relevantes do setor no país, com capilaridade e infraestrutura que colocam o estado acima da média se comparado com os demais. Na foto, Adriano da Fonseca Kalil Escada, vice-presidente de gestão e finanças da ADI/SC, Willian Lehmkuhl, presidente da SCGÁS (c) e Juarez Lippi (d), Assessor de Segurança Meio-Ambiente e Saúde da SCGÁS.

 

Bolsonaro

O vice-presidente do PSL, Antonio Rueda, teve uma conversa com o governador Carlos Moisés este mês preparando terreno para possível retorno de Bolsonaro à legenda. Sem arrastar os eleitos para o Aliança pelo Brasil, o presidente dá sinais que a tentativa de criar um novo partido só seria possível com a vinda de boa parte do Fundo Partidário do PSL. Mas ao que tudo indica, o retorno de Bolsonaro não deverá ser nem um pouco pacífico. Ele sofre resistência da bancada no Congresso, muitos atacados pelo presidente e seus apoiadores, o que também caberia para Moisés, criticado mais de uma vez.

 

Abreviando vidas

A 13ª Promotoria de Justiça de Itajaí apura, desde março de 2020, a possível ocorrência de fatos ilegais e antiéticos praticados por um médico no Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen. Provocado pelo Ministério Público, o Conselho Federal de Medicina (CRM-SC) instaurou uma sindicância contra o médico, na qual analisou prontuários de pacientes que teriam tido as vidas abreviadas entre 2017 e 2019 pelo profissional na UTI.

 

Adiada

Aliás, a Nova Lei do Gás, que deveria ser votada esta semana na Câmara dos Deputados, foi adiada e está pautada para ser votada em 1º de setembro.