Daniela vai ao Oeste em meio a crise hídrica

No Oeste, os efeitos da estiagem já impactam na produção agrícola e também nas cidades, onde foi implantado sistema de rodízio e há registros de falta de água nas torneiras.

 

A governadora Daniela Reinehr (sem partido) segue se esforçando para fincar pau forte na sua gestão interina e buscando evitar os erros que tanto pesaram contra o governador afastado Carlos Moisés (PSL) em busca de popularidade no cargo.

 

Na sexta (13), Daniela viajou para o Oeste catarinense, que vive uma das mais severas crises hídricas dos últimos anos. Os efeitos da estiagem já impactam na produção agrícola e também nas cidades, onde foi implantado sistema de rodízio e há registros de falta de água nas torneiras.

 

Daniela se reuniu com autoridades locais e fez uma visita de inspeção no Rio Uruguai, na divisa entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. O Extremo-Oeste e o Oeste são as regiões que mais estão sofrendo com a atual seca. E as culturas de Milho (silagem e grão), fumo e pastagens as mais impactadas.

 

A governadora prometeu intensificar a construção de cisternas e poços artesianos, e disse que está em contato direto com a Epagri em busca de soluções.

 

De fato, o problema é grande, com efeito econômico e social visível e imediato. Ao abraçar a pauta e chamar para a conversa empresários e entidades preocupadas com o setor, Daniela tenta romper o círculo da dependência política ligada à Alesc. Com a caneta cheia de tinta nas mãos, pode virar a queda de braços imposta com a ameaça de se antecipar o retorno de Moisés, que é prometida pela ala política que não tem conseguido abertura com a governadora.

 

Chapecó

Em uma das agendas em Chapecó, na entrega de materiais em uma escola estadual Daniela posou para foto ao lado do prefeito Luciano Buligon (PSL). O gesto indica que Daniela pende para o apoio ao candidato Leonardo Granzotto (Patriotas). Na semana anterior, quando Bolsonaro passou pela cidade, quem posou ao lado do presidente foi João Rodrigues (PSD), que lidera as pesquisas. Granzotto, na ocasião acompanhado por Caroline De Toni (PSL), não conseguiu colar a imagem de Bolsonaro ao candidato.

 

Testes são recolhidos

A Secretaria de Estado da Saúde irá recolher lotes de testes rápidos da covid 19 por determinação da Anvisa. O material foi distribuído em outubro para os municípios de Alfredo Wagner e Angelina, em comunidade de pescadores e setores administrativos do Governo do Estado, totalizando 8,4 mil unidades. Segundo laudo do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, os lotes comprados pelo Estado apresentaram resultado insatisfatório dos testes no ensaio de Sensibilidade. A fornecedora ainda não recebeu pela venda e vai ser notificada a substituir os produtos.

 

Diagnóstico

O Sebrae quer diagnosticar as potenciais Indicações Geográficas (IGs) ou Marcas Coletivas (MCs) brasileiras por meio de avaliações presenciais e virtuais em todo o território nacional. Em Santa Catarina serão contempladas 19 regiões para a análise. Os diagnósticos serão realizados em aproximadamente 120 potenciais regiões brasileiras, além de IGs reconhecidas ou em fase de análise do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Segundo a entidade, no Brasil existem 72 IGs reconhecidas que contemplam as áreas de agronegócio (53), indústria (2), artesanato (12), pedras/minerais (4) e serviços (1).

 

Impeachment

Ricardo Roesler, que preside o Tribunal de Impeachment, marcou para o próximo dia 27, o julgamento do governador afastado Carlos Moisés (PSL) no primeiro pedido de impeachment, referente ao reajuste salarial dos procuradores. A sessão será às 9 horas, no plenário da Alesc. Moisés foi afastado nesse processo por seis votos. Para declarar a existência de crime, no entanto, são necessários sete votos. Se o processo for arquivado, o governador retorna ao cargo. Mesmo assim, nos próximos dias, o governador também terá analisado o relatório preliminar no segundo pedido de impeachment, que pode resultar em novo afastamento temporário.