Mensagem de Carlos Moisés aos deputados tem o tom da conciliação

O governador teve uma boa recepção do plenário, bem diferente da ocorrida há dois anos, quando a relação era distante.

Governador leu a Mensagem Anual no plenário da Alesc. Foto: Bruno Collaço/Agência AL

 

Num discurso que durou menos do que 20 minutos, o Governador Carlos Moisés (PSL) leu a Mensagem Anual da tribuna do plenário da Alesc e deu o tom que a maioria dos deputados estaduais estava esperando ouvir: o da conciliação em nome de um trabalho conjunto em prol de Santa Catarina. Mais que simples retórica, as palavras vão ao encontro do novo momento construído pelas duas partes, após a crise que quase terminou em impeachment.

 

A própria chegada de Moisés ao Palácio Barriga Verde foi emblemática. Recebido com entusiasmo pelo novo presidente Mauro de Nadal (MDB); pelo 1º vice, Nilson Berlanda (PL); além do líder de governo José Milton Scheffer (PP); o governador teve uma recepção, bem diferente da ocorrida há dois anos, quando a relação era distante.

 

O clima, agora, é de aproximação, com a entrada de parlamentares no governo e a expectativa de meses de recuperação financeira, com números que dão esperanças. Um amadurecimento da convivência definido pelo governador como “uma oportunidade de conciliação, de construção de pontes”.

 

Na Mensagem, Moisés destacou as adversidades de 2020 – fenômenos climáticos de proporções elevadas, em meio à pandemia do coronavírus, que ameaçam a sociedade e a economia catarinenses – mas exaltou os avanços de sua gestão, ressaltando o modelo descentralizado na área da Saúde, forjado em meio ao drama da covid-19. Falou ainda do choque de gestão na Educação; da força do agronegócio e do azul nas contas públicas – sem esquecer que “honrou todas as emendas”,  imposição definida pelo parlamento.

 

Por fim, projetando 2021, Carlos Moisés concluiu sua fala dizendo: “O que vamos investir e em que vamos investir, isso nós vamos construir juntos”. Uma fala que soa como música aos deputados, a menos de dois anos para a eleição.

 

TCE

O presidente reeleito do Tribunal de Contas de Santa Catarina, conselheiro Adircélio de Moraes Ferreira Júnior, quer ver o TCE/SC cada vez mais presente nas principais questões que envolvem o estado. Na posse, realizada online, ele reforçou: “O TCE precisa estar presente nas questões macroeconômicas-fiscais do Estado e nos temas centrais que afetem as contas públicas”. Na solenidade, também foram empossados o vice-presidente, conselheiro Herneus de Nadal, reconduzido ao cargo, e o novo corregedor-geral, conselheiro José Nei Ascari.

 

Produtores da Serra

O Banco da Família, que atende cerca de 21 mil pessoas em 137 municípios de SC, PR e RS, ampliou o programa Produtores da Serra, em Lages. Quatro novas gôndolas em estabelecimentos comerciais da cidade passaram a vender queijos, mel, salames, sucos, bolachas, geleias e doces cristalizados produzidos por empreendedores de pequenos negócios das cidades de Anita Garibaldi, Correia Pinto, Urubici e Lages. Para participar da iniciativa, o produtor precisa residir na Serra e ter o negócio regularizado. Depois é necessário fazer um cadastro pelo e-mail [email protected] ou no Whatsapp (49) 98408 1497. Quem tiver os requisitos necessários, pode vir a ser selecionado.

 

Vacinação

O projeto de lei para garantir a vacinação dos profissionais da Educação antes do início do ano letivo será discutido a partir desta semana na Alesc. Com o retorno das atividades, o PL 002.3/2021, apresentado pela bancada do PT, passa a ser prioridade para a deputada Luciane Carminatti (PT). Professora e presidente da Comissão de Educação, ela ressalta que os professores já são considerados público prioritário no Plano Estadual de Imunização, mas alerta que a 4ª fase da campanha é muito tardia.

 

Apoio

Um homem de sensibilidade e de firmeza. Assim a deputada Paulinha definiu o estilo do novo presidente da Alesc, Mauro de Nadal (MDB).  Ela acredita que 2021 será de unidade no Parlamento. “Ele é um cara simples, ex-prefeito de cidade pequena,  Cunha Porã, veio lá do interior. Assim como eu. Acho mesmo que vai ser um bom presidente”, avalia destacando que apesar da atual legislatura ter o maior número de mulheres, nenhuma foi cotada para participar da mesa diretora. “O Parlamento é machista”, observa. “Ainda temos muito que avançar”.