Moisés e Daniela tentam adiar julgamento desta semana

O pedido foi feito ao próprio Tribunal de Justiça, que além de também compor o tribunal de impeachment é quem deve julgar a questão do mérito dos procuradores.

 

As defesas do governador Carlos Moisés (PSL) e da vice, Daniela Reinehr (sem partido), tentam uma nova cartada para tentar impedir que o tribunal de julgamento do processo de impeachment realize a sessão marcada para a próxima sexta-feira (23), e que pode resultar no afastamento dos dois por 180 dias enquanto respondem ao julgamento final do processo.

 

Desta vez, as defesas alegam que a discussão sobre a equiparação salarial dos procuradores do Estado ainda não foi definida pelo Tribunal de Justiça, o que pode gerar entendimentos diferentes em caso de um afastamento, mesmo que temporário, antes do julgamento do mérito.

 

O pedido foi feito ao próprio Tribunal de Justiça, que além de também compor o tribunal de impeachment é quem deve julgar a questão do mérito dos procuradores.

 

De qualquer forma, mais uma vez, os movimentos das defesas são de cunho protelatório, na esperança de uma mudança no quadro geral que pudesse inviabilizar de vez os processos de impeachment.

 

Nesta terça-feira (20), Moisés ainda verá ser levado ao plenário da assembleia a continuidade ou não de outro pedido de impedimento, desta vez sobre o caso dos respiradores da China e o hospital de campanha.

 

Os próximos dias prometem ser decisivos para o futuro do governo Moisés.

 

Luto 

O cooperativismo catarinense e brasileiro perdeu um dos seus maiores entusiastas e incentivadores. Mário Lanznaster, presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos, morreu no último fim de semana após dois anos de luta contra um tumor no fígado. Nos 13 anos em que comandou a Aurora Alimentos, Lanznaster implementou um poderoso programa de investimentos na estrutura industrial e na produção pecuária, consolidando um colosso.

 

Foro de Garcia

Uma decisão do ministro do STJ, Joel Ilan Paciornik, pode mudar o cenário das denúncias contra o presidente da Alesc, deputado Julio Garcia (PSD), e que poderá assumir o governo do estado caso se confirme o afastamento do governador Carlos Moisés. Na decisão, o magistrado encaminha os autos para o STJ para manifestação sobre desmembramento da ação. Se confirmada a mudança de foro, Garcia sairá do Tribunal Federal, tido como mais rígido, para ser julgado pelo STJ.

 

Delegada condenada

A ex-Delegada Regional de São Bento do Sul, Angela Teresa Bork Roesler, foi condenada em segunda instância a cinco anos, 11 meses e três dias de reclusão, em regime semiaberto, e a 26 dias-multa, além da perda de cargo público pelo crime de peculato. A decisão também ratificou a condenação da ex-secretária da Delegacia Regional Cintia Dutra Rodrigues e dos donos de duas oficinas envolvidas no esquema de fraude à concorrência pública, Luis Roberto Eckel e José Carlos Eckel.

 

Auxílio Emergencial

Levantamento da CGU revelou que 8.486 servidores públicos municipais catarinenses receberam o auxílio emergencial. Dos 295 municípios, 255 prefeituras tiveram casos registrados pelos órgãos de controle. A prefeitura que teve maior número de servidores beneficiados foi Lages, com  754 auxílios pagos. Na sequência vem Chapecó, com 524. Rio do Sul e Balneário Camboriú tiveram 361 servidores que receberam, cada uma, e na Capital foram 350 municipários.

 

Mortes violentas 

Santa Catarina registrou 471 mortes violentas intencionais no primeiro semestre de 2020. O número é 14% maior em relação ao mesmo período de 2019, em que foram registrados 413 óbitos. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2020 divulgado neste domingo (19). O Estado ocupa a 18ª colocação entre os 26 da federação mais o Distrito Federal. Já na proporcionalidade no aumento de casos, ocupa a oitava colocação.