Nova estratégia tenta acelerar ritmo da vacinação contra a covid-19

Ministério da Saúde não vai mais reservar todas as doses de reforço anunciadas na quinta-feira (18).

Foto: Divulgação/Secom

 

O impasse entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan frustrou a expectativa de estados e municípios em receber doses de vacinas suficientes para completar a fase 1 e iniciar a cobertura sobre novos grupos da população.

 

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Nesta quinta-feira (18), em reunião com os governadores, o ministro Eduardo Pazuello anunciou que repassaria 9,3 milhões de doses da vacina Sinovac, produzidas no Brasil ainda em fevereiro. No entanto, em encontro com representantes de prefeitos, nesta sexta-feira (19), a conta foi refeita.

 

O governo federal informou que o instituto paulista não cumpriria as entregas previstas em contrato e que apenas 2,7 milhões de doses neste mês, 30% do total previsto, serão encaminhadas. O Butantan alega que encontra dificuldades na aquisição de insumos e culpa o “desgaste diplomático” entre o governo federal e a China pelo atraso na entrega.

 

O ruído na comunicação deixou o secretário de Saúde de Santa Catarina, André Motta Ribeiro, descontente. À frente de uma força-tarefa que corre o estado no esforço para reabrir leitos de UTI, inexplicavelmente fechados durante a pandemia por hospitais filantrópicos e municipais, ele não esconde a insatisfação com os desentendimentos entre o ministério e o instituto.

 

E, agora, não tem mais certeza sobre a quantidade de doses que poderá entregar para os catarinenses.

 

O ministério garantiu que, ao menos, 4,7 milhões de doses (2,7 milhões da Sinovac e 2 milhões da AstraZeneca/Fiocruz, importadas da Índia) serão distribuídas na próxima semana e anunciou mudanças na estratégia: todos os imunizantes serão destinados para a primeira dose.

 

A pasta confia que, apesar de todos os problemas, o ritmo de chegada de novas doses vai se acelerar daqui para frente e que não será mais preciso desta reserva técnica. A medida parece acertada, desde que a certeza do aporte de mais imunizantes se confirme.

 

Facisc

A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) recebeu o secretário da Fazenda, Paulo Eli, na sua reunião de diretoria realizada nesta quinta-feira (18), de forma virtual e com a participação de mais de 180 pessoas de todas as regiões do estado. O secretário destacou que Santa Catarina gerou 2/3 dos empregos do Brasil em 2020. “A recuperação econômica de SC na pandemia foi melhor que em outros estados. Santa Catarina recebeu menos ajuda que muitos outros estados e mesmo assim está entre os melhores estados do Brasil”.

 

Migração

O secretário da Fazenda Paulo Eli apresentou outro dado importante na reunião de Diretoria da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc): o movimento de migração de outros estados para SC. “São 110 mil pessoas se mudando a cada ano”, explicou.

 

Eli alertou que o sistema de saúde precisa ser ajustado para receber esta quantidade de novos moradores, mas ressaltou que é importante para o desenvolvimento catarinense. Eli pediu o engajamento dos empresários para que o salário dos trabalhadores seja melhorado para que tenhamos mais pessoas ganhando melhor e sendo mais produtivas.

 

MDB

O MDB reúne-se em Florianópolis – respeitando todas as normas de segurança impostas pela pandemia – na próxima segunda (22), de olho nas eleições do ano que vem. Os 71 integrantes do diretório estadual do partido, presidido pelo deputado federal Celso Maldaner, vão discutir a proposta para realização de prévias para escolha do candidato a governador. Também estará em pauta a apresentação de critérios para definição dos nomes à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal.

 

Luto

A morte do empresário Julio Tedesco, um dos mais importantes empreendedores de Balneário Camboriú e do Vale do Rio do Peixe, consternou a sociedade catarinense. Vítima da Covid-19, ele não resistiu à doença, aos 73 anos, nesta sexta-feira (19), no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Em 2020, Julio Tedesco teve aprovada sua indicação à Ordem do Mérito Industrial, concedida pela Fiesc, que receberia em junho. Ele já havia recebido da Associação Comercial e Industrial de Balneário Camboriú a medalha Baltazar Pinto Corrêa.