O alerta dos hospitais de SC e o exemplo de Chapecó

Entidades hospitalares destacam a dificuldade na compra de medicamentos, com a iminente falta deles nos atendimentos aos enfermos.

Hospitais alertam para falta de insumos e medicamentos. Foto: Divulgação

 

Um ofício encaminhado pela Associação de Hospitais de Santa Catarina (AHESC) e pela Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Estado de Santa Catarina (FEHOSC) ao secretário da Saúde, André Motta Ribeiro, acende outro alerta sobre a situação preocupante das instituições de saúde neste momento em que se completa um ano da pandemia do novo coronavírus.

 

No texto, as entidades destacam a “dificuldade na compra de medicamentos, com a iminente falta deles nos atendimentos aos enfermos”. Ainda conforme a mensagem, “o elevado custo dos insumos do denominado Kit Intubação faz com que os hospitais enfrentem dificuldades para alcançar os produtos no mercado”. A carta encerra pedindo apoio do governo do estado para que atue na regularização da situação.

 

Mais um problema no drama porque passa a saúde pública em Santa Catarina, com o agravamento dos casos de covid-19 e o crescente número de internados. Os constantes anúncios por parte da Secretaria de Estado da Saúde da abertura de leitos amenizam o quadro, garantindo espaço para quem agoniza em filas ou mesmo em casa. Mas ainda é suficiente. A falta de pessoal e equipamentos, além da possível escassez de remédios tende a tornar a situação ainda mais grave.

 

Hora de as prefeituras também ajudarem no enfrentamento, como fez Chapecó na instalação de leitos de enfermaria e de UTI no Centro de Eventos da cidade. Com recursos próprios, banca os recursos humanos, e com apoio dos governos federal e estadual equipou o hospital de passagem.

 

Os recursos? Saíram de obras que estavam previstas e terão que esperar. A maior obra neste momento é salvar vidas. Além disso, cabe a todos os catarinenses ajudarem a respeitar as regras básicas de distanciamento e biossegurança. No aniversário de um ano da pandemia nem precisaríamos mais de decretos. Todos sabemos o que deve ser feito.

 

Empreendedores

A implantação de um Programa Emergencial de Combate aos Efeitos Econômicos de Pandemia será o foco de trabalho da Câmara Temática de Desenvolvimento Econômico, criada pela FECAM. O colegiado será presidido pelo secretário de Desenvolvimento Econômico de São José, Marcelo Fett, a convite do presidente da entidade, Clenilton Pereira, prefeito de Araquari. Fett apresentou a proposta de criação de medidas compensatórias prioritariamente para os setores atingidos por eventual paralisação das atividades não essenciais.

 

Ponte entre SC e RS

A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) realizou na tarde desta sexta-feira (12), reunião com o senador Jorginho Mello (PL) sobre a construção da ponte entre os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul na divisa entre os municípios de Barra do Guarita (RS) e Itapiranga (SC). O encontro por vídeo-conferência contou com a participação do prefeito de Barra de Guarita, Rodrigo Locatelli Tisott; o prefeito de Itapiranga, Alexandre Ribas, além de Sérgio Rodrigues Alves, presidente da Facisc. O senador Jorginho Mello assumiu o compromisso de falar com o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, para tirar a federalização da gaveta e concretizar a obra.

 

PMSC

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina realiza na próxima quarta-feira (17), às 14h15, sessão especial com a presença do presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial, coronel Charles Alexandre Vieira, para tratar da distribuição do efetivo de policiais militares recentemente convocado pelo Estado. A convocação de Vieira atende a requerimento dos deputados Kennedy Nunes (PSD) e Sargento Lima (PSL), aprovado por unanimidade pelo Plenário da Alesc no mês passado.

 

Fura-fila

Um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) com prioridade é o PL 14/2021, do deputado Ivan Naatz (PL), que estabelece punições para os casos em que a ordem de vacinação estabelecida pelo poder público não for obedecida. O objetivo é coibir os fura-filas em tempos de pandemia. De acordo com o projeto, entre as principais sanções e penalidades, além de multa, está a proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais.