O relatório que poderia salvar Moisés ficou na gaveta

O novo pedido de impeachment aprovado pela comissão ainda precisa passar pela presidência da Alesc para ter ou não a sua admissibilidade.

 

A tese que poderia salvar Moisés na CPI dos Respiradores não apareceu. A decisão do relator Ivan Naatz (PL), de que o governador teria cometido crime de responsabilidade ao “ocultar” sua “omissão” na compra dos respiradores, prevaleceu. Nas palavras de Naatz: “O governador Carlos Moisés mentiu à CPI”.

 

Apesar de previsível, a decisão da Comissão foi debatida até o último minuto. Um relatório alternativo, que não incluiria pedido de novo impeachment, chegou a ser ventilado. A citação ao governador foi objeto de muita conversa.

 

Durante as cinco horas de leitura do relatório, os deputados detalharam toda a negociação espúria da compra dos 200 respiradores, denunciada pelo site Intercept, e que nunca chegaram ao estado. A CPI acusou Moisés e outros 13 de participação na negociata.

 

O novo pedido de impeachment aprovado pela comissão ainda precisa passar pela presidência da Alesc para ter ou não a sua admissibilidade.

 

Moisés, o político boa praça, eleito na onda do 17, predestinado a governar sem alianças e sem conchavos, ficou ainda mais perto da forca. Perdeu o apoio dos bolsonaristas, não constitui base na Alesc e parece não suportar mais as pressões. Dizem que até os donos de ônibus estão ditando as normas para edição das regras para combate a covid-19. Agora, mais próximo de um segundo pedido de impeachment.

 

Verbo

Ao longo de três horas os deputados que integraram a CPI dos Respiradores exercitaram o fôlego para leitura. Teve deputado que depois de três meses não apreendeu o nome dos investigados. Outros esqueceram das vírgulas. Alguns exageraram na paixão durante a leitura, transcendendo os limites daquilo que estava no papel. Faz parte..

 

Interino 

A Casa Civil de Santa Catarina está há mais de 50 dias com um chefe improvisado. Desde que Amandio João da Silva Junior foi exonerado, em 26 de junho, Juliano Chiodelli está no comando da Casa Civil catarinense de forma interina. Inclusive, a comunicação da própria pasta se refere a ele como interino na divulgação das suas agendas. Natural de Lages, Chiodelli foi nomeado em 22 de maio o subchefe da Casa Civil, ou seja, era o número 2 de Amandio, ascendendo ao posto máximo com a exoneração do titular. Formado em administração de empresas, o chefe interino da Casa Civil presidia a Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (Jucesc), antes de entrar no governo.

 

Aulas só em outubro

A Secretaria de Educação (SED) decidiu manter a suspensão das aulas presenciais até 12 de outubro em SC. A definição se aplica às escolas das redes pública e privada, municipal, estadual e federal, abrangendo alunos do educação infantil, nível fundamental, médio, educação de jovens e adultos (EJA) e ensino técnico.

 

Riomafra no Google

O Riomafra Mix foi uma das empresas de jornalismo contempladas no Brasil pelo Google News Initiative, um programa da gigante da Internet que destina investimentos através do Fundo de Auxílio Emergencial ao Jornalismo, criado em abril para apoiar veículos locais na produção de jornalismo original na comunidade diante da pandemia do covid-19.