Operação Alcatraz em busca de tramas ocultas

Após as denúncias atingirem o presidente da Alesc, deputado Julio Garcia (PSD), outros nomes de peso da política catarinense passaram a figurar também nos depoimentos e achados da investigação.

 

Após oferecer 16 denúncias na Justiça Federal sobre os casos de corrupção envolvendo agentes públicos em Santa Catarina, a Operação Alcatraz começa alcançar outros níveis da política estadual. Após as denúncias atingirem o presidente da Alesc, deputado Julio Garcia (PSD), outros nomes de peso da política catarinense passaram a figurar também nos depoimentos e achados da investigação.

 

É o caso da citação ao desembargador João Henrique Blasi, que aparece nas investigações como sócio de Julio Garcia em uma lancha, e o caso dos ex-governadores Raimundo Colombo (PSD) e Pinho Moreira (MDB), ambos citados na delação premiada da advogada Michelle Guerra.

 

No entanto, nem Blasi e nem os ex-governadores foram denunciados. As citações apenas, até o momento, os aproximam do que o MPF classifica como organização criminosa.

 

A Operação Alcatraz investiga cobrança de propinas em contratos com o governo em uma trama que inclui subcontratações, emissões de notas frias e benesses a agentes públicos.

 

Nesta segunda, a Justiça Federal abriu prazo de 15 dias para que o deputado Julio Garcia e demais investigados detentores de cargos públicos possam apresentar defesa prévia no processo antes de se manifestar sobre aceitação ou não das denúncia.

 

Vacinação

Entre os dias 5 e 30 de outubro serão realizadas em todo o estado duas campanhas de vacinação. A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e a Campanha Nacional de Multivacinação para atualização da Caderneta de Vacinação das crianças e adolescentes com menos de 15 anos de idade. O dia “D”, de mobilização nacional, para as duas campanhas será no dia 17 de outubro.

 

Mesada

A advogada Michelle Guerra, sócia do ex-secretário adjunto de Administração do Estado, Nelson Nappi, delatora na Alcatraz, relatou que aos procuradores da Operação Alcatraz em delação premiada que Nappi teria entregue uma espécie de mesada para ex-governadores e seus assessores.

 

Defesa

O ex-governador Raimundo Colombo disse lamentar “que o Brasil, infelizmente, tenha virado um campo onde a honra, a dignidade e a história das pessoas sejam atingidas de forma irresponsável”. Sobre a citação de seu nome na delação de Michelle, disse não saber do que se trata.

 

Sem debate

As principais candidaturas à Prefeitura da Capital se manifestaram pela notícia de que não haverá debates para as candidaturas à prefeitura. Assinam o documento as candidaturas de Elson Pereira (PSOL), Angela Amin Helou (PP),  Ricardo Camargo Vieira (Solidariedade),  Pedrão (PL) e Orlando Silva (Novo).

 

Orçamento

O governo estadual projeta um déficit superior a R$ 1,6 bilhão no orçamento de Santa Catarina no ano que vem. É o que consta na proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2021, encaminhada para a Assembleia Legislativa. De acordo com a matéria, o Estado estima uma receita total de quase R$ 30,5 bilhões, enquanto as despesas estão previstas em R$ 32,143 bilhões, gerando o déficit de aproximadamente R$ 1,6 bilhão. É o segundo ano consecutivo que o Poder Executivo encaminha para a Alesc uma proposta orçamentária em que as despesas superam as receitas. Também a exemplo do ano passado, o déficit orçamentário é atribuído aos gastos com inativos do fundo financeiro do Instituto de Previdência do Estado de Santa Catarina (Iprev).

 

Dívida

O Estado de Santa Catarina se comprometeu, em acordo firmado com o Ministério Público a quitar a dívida que possui com a Fundação de Apoio ao HEMOSC e ao CEPON (FAHECE). Os valores devidos serão pagos em parcelas mensais de R$ 2 milhões. A ação civil foi ajuizada 2018, quando a dívida alcançava cerca de R$ 58,6 milhões.