Órgãos se manifestam contra afrouxamento da pandemia

Os órgãos dizem que “não é momento para que as medidas sanitárias sejam relaxadas, possibilitando mais aglomeração do que até então era permitido”

 

As agências parceiras do Centro de Operações de Emergência em Saúde, o COES, que é o órgão do Estado que acompanha as medidas de enfrentamento à pandemia, se manifestaram contra as medidas adotadas pelo governador Carlos Moisés (PSL), que liberou diversos setores, como hotéis, parques-aquáticos e até eventos.

 

A carta assinada pelo Centro de Apoio dos Direitos Humanos do Ministério Público, Fecam, Conselho de Secretarias Municipais de Saúde e Associação de Hospitais do Estado de Santa Catarina (Ahesc) ressalta que o estado enfrenta uma superlotação nas UTIs, no pico mais alto da pandemia.

 

O grupo entende que é preciso observar com rigor as recomendações técnicas das equipes de Vigilância Epidemiológica no sentido de que qualquer medida dos gestores, municipais e estadual “devem induzir a diminuição da circulação de pessoas, jamais o contrário”.

 

Os órgãos dizem que “não é momento para que as medidas sanitárias sejam relaxadas, possibilitando mais aglomeração do que até então era permitido”, e apontam a falta de embasamento científico.

 

Na semana passada, em evento em Balneário Camboriú, Moisés reforçou a adoção das medidas e disse que é possível fazer o afrouxamento “com regras”. O Ministério Público também entrou na Justiça, ainda na semana passada, para suspender as medidas, mas até o fechamento da coluna a Justiça ainda não tinha decidido.

 

Pescaria

Enquanto tira uns dias de descanso em São Francisco do Sul, o presidente Bolsonaro teve sorte ao ter ao seu lado, como guia turístico, o ex vice-prefeito e ex-superintendente do Porto de São Francisco do Sul, Arnaldo São Thiago. Na pescaria de domingo, 20, na Baía da Babitonga, Bolsonaro foi o primeiro a fisgar. O presidente não tem dado entrevistas e está aproveitando os dias para descansar.


Samu

A Justiça do Trabalho concedeu liminar bloqueando valores nas contas bancárias da OZZ Saúde, empresa que controla os serviços de atendimento do SAMU. O valor bloqueado corresponde à quantia não paga do 13º salário dos funcionários. A empresa alega que é preciso um reequilíbrio no contrato por causa da demanda elevada com a pandemia. No ano passado, repassou-se R$ 115.411.503,96 milhões. Neste ano, com termos aditivos, o valor projetado para o fim do ano chega a R$ 122.388.515,85 milhões. Já foi pago à empresa até o mês de dezembro de 2020 R$ 112.158.355,84 milhões. O valor mensal pago é de R$ 10.230.160,01 milhões.

 

Tecnologia no Campo

A Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e a Secretaria de Agricultura do Estado identificaram 147 pesquisas científicas e tecnológicas e soluções na área da agricultura e 79 startups de agritechs e foodtechs. O mapeamento mostra a rica diversidade do ecossistema de ciência, tecnologia e inovação do Estado, que capacita produtores rurais, investe em diferentes culturas e faz o uso de ferramentas como inteligência artificial, drones e aplicativos.

 

O ano todo

Além de conquistar aumento no valor da diária dos guarda-vidas civis, de R$ 150 para R$ 180, o deputado Coronel Mocellin (PSL) também garantiu, junto ao governo, aumento considerável no orçamento para o setor. Agora o serviço estará ativo o ano todo nas praias protegidas do Estado e não só na temporada.