Professores de escolas estaduais terão recesso de uma semana em SC

A Secretaria de Educação de Santa Catarina irá conceder um recesso de cinco dias aos professores, ocupantes de cargos em

A Secretaria de Educação de Santa Catarina irá conceder um recesso de cinco dias aos professores, ocupantes de cargos em atividade nas escolas e alunos da rede estadual entre 27 e 31 de julho.

A medida foi anunciada na quarta-feira (22), pelo secretário de Estado da Educação, Natalino Uggioni, em uma webconferência com professores da rede sobre a temática de organização do tempo e saúde do servidor.

A ação integra a campanha “Cada um na sua casa. Todos presentes na educação”. O objetivo é proporcionar uma pausa nas atividades para os educadores, antes do novo ciclo de formações online previsto para o segundo semestre, em agosto.

“Em quatro meses de suspensão das aulas para o enfrentamento da pandemia, os profissionais da rede se engajaram para reinventar as práticas da educação em Santa Catarina. O recesso antecipado para os alunos foi o período de adaptação para os servidores. O trabalho não parou e as casas dos estudantes viraram extensões da escola, com 97% deles alcançados até aqui. Reconhecemos que professores, gestores e técnicos escolares precisam desta pausa, antes de retomar uma rotina que exige resiliência, persistência e constância de propósito, pela continuidade do ano letivo”, pontuou o secretário.

O planejamento para o recesso, realizado pelas áreas de Ensino e Gestão de Pessoas da SED, contempla um cronograma para o cumprimento da carga horária de 800 horas correspondentes ao calendário escolar anual. Com a MP 934/2020, que estabeleceu normas excepcionais por conta da pandemia de covid-19, não há obrigatoriedade de cumprimento dos 200 dias letivos em 2020, mas de 800 horas de atividades curriculares durante o ano.

Sobrecarga de trabalho

O regime especial de atividades escolares não presenciais, implementado devido ao cenário imposto pela pandemia, apresentou mudanças à rede pública estadual de ensino. Elas repercutem de forma direta na vida dos profissionais da educação, dos estudantes e de suas famílias.

Entre os profissionais que migraram da sala de aula para a preparação de aulas e atividades em casa, as maiores preocupações durante a pandemia são saúde física e mental, baixa oferta de suporte emocional, ansiedade, cansaço, temor e sobrecarga. Essas informações foram levantadas em pesquisa com sete mil educadores, divulgada no mês de maio pelo Instituto Península.

O adoecimento dos professores, tanto no campo físico quanto mental, tem ligação com os efeitos do isolamento social, as mudanças profundas e a conciliação entre as rotinas pessoais e profissionais decorrentes do trabalho remoto.

Neste contexto, as Diretorias de Ensino e de Gestão de Pessoas da Secretaria de Estado da Educação (SED) realizam um conjunto de ações para oferecer soluções aos desafios vivenciados por professores e alunos da rede pela preservação da saúde mental.

Com informações do Governo de Santa Catarina.