Santa Catarina atinge número recorde de casos de dengue

Mais de doze mil catarinenses foram contaminados pela doença em 2021.

Foto: Divulgação

 

 

O ano de 2021 tem registrado altos índices de contaminação pela dengue em Santa Catarina. Somente neste ano, mais de doze mil catarinenses foram contaminados pela doença, superando o que foi registrado em todo o ano passado.

 

É o que apontam os dados divulgados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), da Secretaria de Estado da Saúde na sexta-feira, (11). Este o maior número da série histórica da doença em todo o estado.

 

Há registros de foco do mosquito Aedes aegypti (responsável pela transmissão da doença) em 217 municípios. Esse número representa um aumento de 96,9% nos focos do mosquito no período compreendido entre 1 de janeiro e 5 de junho, se comparado ao mesmo período do ano anterior.

 

Do total de casos até agora (12.002), a maioria (11.720 – 97%) é de casos autóctones, ou seja, com transmissão dentro do estado.

 

Outra questão que demonstra esse aumento exponencial é o registro de quatro óbitos em decorrência da doença em 2021; três em Joinville e um em Camboriú. Além disso, há dois óbitos em investigação também em Joinville.

 

“O mosquito está presente em Santa Catarina. Então, é preciso estar atento às condições do município e aos sinais do paciente para suspeitar da doença e realizar o manejo clínico correto”, salienta João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC.

 

Sinais e sintomas

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, a dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.

 

Transmissão

O mosquito Aedes aegypti pode transmitir três doenças: dengue, zika vírus e chikungunya. “A melhor estratégia de prevenção dessas doenças continua sendo a eliminação de locais que possam acumular água. O cenário do estado só reforça que as medidas de prevenção são necessárias e fundamentais para evitar novos casos e até óbitos”, destaca Ivânia Folster, gerente de zoonoses da DIVE/SC.

 

A fêmea deposita até 100 ovos nas paredes internas de recipientes que tenham ou que possam acumular água. Ela escolhe mais de um local para realizar cada postura, o que garante maior sucesso reprodutivo, ou seja, podem nascer insetos de vários recipientes no mesmo ambiente. Nesses locais os ovos podem durar até um ano e meio. Em contato com a água, os ovos desenvolvem-se rapidamente. O mosquito adulto surge num ciclo de, aproximadamente, sete dias.

 

Com informações da Secretaria de Saúde de Santa Catarina.