“Sessão histórica, porém, sem ter o que comemorar” diz Julio Garcia em votação de impeachment

Os 40 deputados definirão o futuro de Moisés e Daniela no governo em votações separadas. Pelo rito definido, primeiro votam sobre aceitação do processo contra Daniela, depois analisam o caso de Moisés.

 

O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Julio Garcia (PSD), deu início às 15 horas na sessão da Alesc que pode decidir pelo prosseguimento do processo de impeachment contra o governador Carlos Moisés (PSL) e a vice-governadora, Daniela Reinehr (Sem partido), o que poderá resultar no consequente afastamento de ambos. Na abertura da sessão, Garcia disse que se trata de uma sessão histórica, porém, sem ter o que comemorar.

 

Os 40 deputados definirão o futuro de Moisés e Daniela no governo em votações separadas. Pelo rito definido, primeiro votam sobre aceitação do processo contra Daniela, depois analisam o caso de Moisés.

 

Após a abertura dos trabalhos, o advogado Leandro Maciel, que representou o denunciante Ralf Zimmer Junior, teve 15 minutos para falar aos deputados sobre a denúncia apresentada. Maciel aproveitou o espaço para argumentar que o impeachment não se trata de golpe. “Eu não participo de golpes, quem me conhece sabe”.

 

Em seguida, foi a vez dos advogados de defesa dos denunciados. A advogada Ana Blasi foi a primeira. Ela pediu ao presidente da Alesc para dividir o tempo com Salomão Ribas Júnior, que passou a integrar a defesa da vice.

 

“É uma honra defender a primeira vice-governadora de Santa Catarina. Daniela Reinehr não cometeu crime. O que fez Daniela Reinehr?”, questionou Blasi.

 

A advogada encerrou sua fala dizendo que se querem tirar Daniela e Moisés do governo, o povo é quem deveria fazer isso na urna em 2022.

 

Em seguida, foi a vez de Ribas Júnior usar a tribuna. Ele disse, por sua vez, que o processo de impeachment não é um golpe, mas um um equívoco constitucional.

 

O advogado Marcelo Fey Probst também usou a Tribuna, neste caso, para falar em nome da defesa do governador do estado de Santa Catarina Carlos Moisés.

 

“Qual o crime da governador do estado? Não existe! E não é a defesa quem diz isso. É o Ministério Público”, disse Probst. Ele concluiu a fala perguntando: “este é mesmo um dia histórico? Será que honrará ou manchada a história da Alesc?”.

 

Em seguida, os partidos indicaram até cinco oradores para falar por até uma hora.

 

Além dos membros da mesa diretora, aproximadamente 30 deputados estavam em plenário.

 

Na plateia, assistindo a sessão presencialmente pelo lado do governo, estavam a vice-governadora, Daniela Reinehr, e o Secretário de Saúde, André Motta Ribeiro, e assessores.

 

Assista a votação ao vivo: