UTIs voltadas ao combate à covid-19 ficarão ativas após a pandemia

A ideia é atender a demanda reprimida de cirurgias eletivas que estão suspensas para garantir o atendimento aos casos do novo coronavírus.

O resultado inicial das audiências públicas promovidas pela Comissão Especial de Fiscalização e Acompanhamento dos Gastos com a Covid-19 surgiu no primeiro dos seis encontros promovidos pela Assembleia Legislativa, na manhã desta segunda-feira (17).

 

O secretário de Estado da Saúde, Andre Motta Ribeiro, afirmou que o governo catarinense pretende manter as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) utilizadas no enfrentamento à doença no período pós-pandemia.

 

A ideia é atender a demanda reprimida de cirurgias eletivas que estão suspensas para garantir o atendimento aos casos do novo coronavírus.

 

O tema foi unanimidade entre os prefeitos e representantes das regiões Oeste e Extremo-Oeste, que abriram o ciclo de audiências programados para esta semana.

 

O diretor-executivo da Associação dos Hospitais de Santa Catarina (Ahesc), Adriano Carlos Ribeiro, citou que é preciso discutir a questão das cirurgias eletivas já neste ano e pensar em um cenário pós-covid. “Se há algo de bom que a pandemia pode deixar é isso. Vamos manter os leitos de UTI para diminuir esses gargalos. Isso vai acontecer assim que tivermos o serviço estruturado”, respondeu o secretário.

 

Investimentos

Durante a audiência, outra preocupação veio à tona: a falta de medicamentos nas unidades.

 

De acordo com Ribeiro, o governo estadual tem ciência da situação. “Precisamos compartilhar a responsabilidade com gestores locais e com o Ministério da Saúde, algo que estamos fazendo diariamente”, afirmou.

 

Ainda sobre a parte financeira, o diretor-executivo da Ahesc defendeu uma ação conjunta pois, na avaliação dele, os hospitais “não conseguem adquirir medicamentos”. Ribeiro argumentou que é necessário desmistificar a questão da política hospital catarinense, pois o valor pago pelo governo não é suficiente.

 

O secretário da Saúde argumentou que cerca de R$ 1,3 bilhão em recursos federais e estaduais já foram repassados para os municípios e para os hospitais. “São mais de 174 milhões em emendas das bancadas estadual e federal”, citou.

 

O secretário apelou para que os gestores hospitalares façam uma prestação de contas dos gastos. “Há essa importância para entendermos onde pode e deve ser atendidas as demandas por verbas. Não tenho acesso aos estoques dos hospitais filantrópicos, por exemplo”, disse ele.

 

Com informações da Alesc.