Busca por atendimento domiciliar cresce durante pandemia

Segundo especialista, atendimentos feitos em clínicas ficaram muito mais restritos, principalmente para a população idosa.

O que já era já um problema sério no país, a falta de leitos hospitalares, com a pandemia do novo coronavírus ficou ainda pior. Para se ter ideia, a redução foi de mais de 25 mil leitos entre 2010 a 2019, segundo dados da Federação Brasileira de Hospitais (FBH) e da Confederação Nacional da Saúde (CNS).

 

Com o avanço do coronavírus, a questão deve piorar ainda mais, isso porque, muitos destes leitos foram deixados exclusivamente para pacientes infectados. Mas a escassez de leitos não é o único problema. Segundo o próprio Ministério da Saúde, a quantidade de leitos de UTI e de internação não são suficientes e nem estão devidamente estruturados para a fase mais aguda da pandemia.

 

Por outro lado, segundo a fisioterapeuta neurofuncional e professora na Universidade do Contestado, Rubiane Veiga, cerca de 17% dos atendimentos domiciliares aumentaram com a pandemia em todo país. Isso aconteceu porque os atendimentos feitos em clínicas ficaram muito mais restritos, principalmente para a população idosa.

 

A fisioterapeuta recomenda nestes casos, que todos os atendimentos sigam as recomendações de segurança, tais como o uso de máscaras e higienização das mãos. 

 

“O atendimento domiciliar se mostra importante, pois a reabilitação de um paciente não pode ser interrompida. Se houver uma interrupção, o tratamento precisará ser retomado do zero, perdendo a evolução conquistada antes da interrupção”, destaca. 

 

Atendimento em domicílio

A especialista observa ainda, que no atendimento domiciliar, o paciente já está no seu ambiente familiar e isso pode ser um diferencial e todo atendimento pode ser adaptado no ambiente para este tratamento, de acordo com cada patologia. Na clínica, você tem um espaço mais voltado para a fisioterapeuta.

 

“Vale destacar, a possibilidade da fisioterapia preventiva, que pode ser feita em casa e foca seus esforços na prevenção e não apenas na reabilitação, proporcionando uma melhor qualidade de vida para diversos perfis populacionais”, observa.

 

Ainda segundo a fisioterapeuta, a mente e o corpo trabalham juntos e a qualidade de vida está justamente nas ações de prevenção, como a prática de exercícios físicos, caminhadas, alongamentos e uma alimentação saudável.