Chablis, a expressão máxima da Chardonnay
Reconhecido como um dos mais elegantes vinhos brancos, o Chablis é produzido 100% com a uva Chardonnay.


Quando mencionamos Chardonnay, não há como não se lembrar de Chablis, considerado a expressão máxima da uva. Sem dúvida, o vinho branco mais conhecido e reverenciado em todo o mundo.
Possui uma classificação simples e bem direta. Aqui temos quatro classificações por ordem de importância: Petit Chablis, Chablis, Chablis Premier Cru e Chablis Grand Cru.
A região de produção do Chablis é organizada da forma indicada, pois representa a qualidade em degraus por assim dizer. Petit Chablis, é localizada no sopé das colinas, onde as uvas tem menor maturação. Quando se tem apenas Chablis na garrafa, são vinhedos na base da colina, tendo vinhos com maior maturação e qualidade (são os mais comuns).
Já o Chablis Premier Cru vem do centro das colinas e é excelente gastronomicamente. Por fim, os Chablis Grand Cru, são caros e raros. Estão disponíveis em apenas sete sub-regiões e são produzidos com as melhores uvas Chardonnay. São obras de artes e envelhecem muito bem, exprimindo sua qualidade a partir do 10º ano.
É nessa região que se vê fogueiras acesas para proteção dos vinhedos às grandes geadas. O que já acontece no Brasil. De um lado, formando belíssimas imagens, mas de outro, gerando enormes preocupações aos produtores que se dedicam inteiramente à qualidade do produto.
A região de Chablis possui um solo diferenciado, quase que exclusivamente de argilo-calcário. Deste fato, surge a tão famosa mineralidade do vinho, que praticamente não se vê em outros Chardonnays. Somado a esse diferencial, chuvas não são um problema na região e o frio, permite uma boa acidez.
Vinho perfeito para a nossa entrada no verão – pelos menos, nesses poucos dias de calor não é mesmo. Como são excelentes na gastronomia, são vinhos de fácil harmonização. Notadamente que na categoria de frutos do mar e peixes.
Mas há uma que não pode faltar: ostras in natura.
Quando se fala em frutos do mar é importante levar sempre em consideração a acidez. Vinhos mais frescos e novos. Tintos, jamais. A não ser que prefira “lamber um fio enferrujado”. Pelo mesmo motivo de metalização dos polifenóis, evitam-se os brancos envelhecidos em carvalho.
Vamos começar com o pé direito nosso “calorzinho”.