Quando se trata de harmonizar vinhos com carnes vermelhas em um churrasco, é importante considerar tanto a textura quanto a intensidade do sabor da carne.

 

Tanto as carnes vermelhas magras quanto as carnes vermelhas gordas podem ser acompanhadas por diferentes tipos de vinhos, proporcionando uma experiência gastronômica ainda mais prazerosa.

 

Para carnes vermelhas magras, como filé mignon, coxão duro, coxão mole, patinho, alcatra e maminha de alcatra, é recomendado optar por vinhos tintos de corpo médio a encorpado. Esses vinhos possuem uma estrutura mais robusta e podem complementar bem a suculência e a textura destas carnes.

 

Já para as carnes vermelhas gordas, como picanha, fraldinha, filé de costela e contrafilé, vinhos tintos mais encorpados e intensos são uma ótima opção. Essas carnes têm maior teor de gordura e sabor mais pronunciado, o que pede vinhos que possuam uma estrutura mais robusta e taninos presentes.

 

Aqui estão algumas uvas especificamente direcionadas para harmonização com carnes vermelhas gordas e carnes vermelhas magras em um churrasco:

 

Carnes vermelhas gordas:

Malbec: Essa uva geralmente produz vinhos tintos encorpados, com taninos macios e sabores intensos de frutas escuras. É uma ótima escolha para acompanhar carnes gordas, como picanha, fraldinha e filé de costela.

 

Cabernet Sauvignon: A uva Cabernet Sauvignon resulta em vinhos tintos encorpados, com taninos presentes e sabores de frutas escuras, além de notas de especiarias. Combina bem com carnes gordas, como picanha e contrafilé.

 

Tannat: Originária da região de Madiran, na França, essa uva produz vinhos tintos de corpo robusto, com alta concentração de taninos e sabores intensos de frutas escuras. É uma excelente opção para carnes gordas, como picanha e fraldinha.

 

Zinfandel/Primitivo: A uva Zinfandel (conhecida como Primitivo na Itália) resulta em vinhos tintos com corpo médio a encorpado, sabores de frutas maduras, especiarias e toques de doçura. Harmoniza bem com carnes gordas, como picanha e fraldinha.

 

Carnes vermelhas magras:

Pinot Noir: Essa uva produz vinhos tintos de corpo médio, com boa acidez e sabores elegantes de frutas vermelhas. É uma escolha versátil que combina bem com carnes magras, como filé mignon e alcatra.

 

Merlot: A uva Merlot resulta em vinhos tintos de corpo médio a encorpado, com taninos suaves e sabores de frutas maduras. É uma ótima opção para acompanhar carnes magras, como filé mignon e maminha de alcatra.

 

Sangiovese: Essa uva italiana dá origem a vinhos tintos com boa acidez, taninos presentes e sabor de frutas vermelhas. Harmoniza bem com carnes magras, como coxão duro e patinho.

 

Syrah/Shiraz: Essa uva é conhecida por produzir vinhos tintos encorpados, com sabores intensos de frutas escuras, especiarias e notas defumadas. É uma excelente opção para harmonizar com carnes suculentas e condimentadas.

 

Grenache/Garnacha: Essa uva produz vinhos tintos de corpo médio a encorpado, com sabores frutados, especiarias e taninos suaves. É uma boa opção para harmonizar com carnes magras, como filé mignon e coxão mole.

 

Tempranillo: Originária da Espanha, a uva Tempranillo resulta em vinhos tintos com corpo médio a encorpado, taninos suaves e sabores de frutas vermelhas. Combina bem com carnes magras, como alcatra e maminha de alcatra.

 

Barbera: Essa uva italiana dá origem a vinhos tintos de corpo médio, com boa acidez e sabores de frutas vermelhas frescas. É uma opção versátil que harmoniza com diferentes cortes de carne magra.

 

Cinsault: A uva Cinsault produz vinhos tintos leves a médios, com taninos suaves e aromas de frutas vermelhas. É uma escolha interessante para harmonizar com carnes magras, como filé mignon e coxão duro.

 

É importante lembrar que a temperatura do vinho também é relevante. Os vinhos tintos, em geral, devem ser servidos em temperatura mais fresca, entre 16°C e 18°C, para realçar suas características e equilibrar com as carnes.

 

A escolha do vinho dependerá também das preferências pessoais e do paladar de cada um. Portanto, é sempre interessante experimentar diferentes combinações e explorar novas harmonizações para descobrir qual vinho melhor agrada seu paladar e se adequa ao tipo de carne e preparo utilizados no churrasco.

 

Lembrando que a harmonização de vinhos com carnes em um churrasco é uma experiência subjetiva, e o mais importante é apreciar o momento e as combinações que proporcionam prazer ao seu paladar. Portanto, não tenha medo de experimentar e descobrir suas próprias preferências!

 

Salut!