A segunda-feira, 14 de setembro, amanheceu com uma informação inesperada e um tanto curiosa: o fechamento da Ponte Metálica Dr. Diniz Assis Henning para reformas.

 

A notícia, que em poucos minutos se tornou o assunto daquele dia em Riomafra, primeiro causou certa resistência: “afinal, pra que fechar justo agora?”, reclamou um motorista acostumado a cortar caminho pela ‘velha senhora de aço’.

 

Depois, quando tive o privilégio de apurar e compartilhar em primeira mão com os leitores do Riomafra Mix a informação detalhada da reforma, sistema de iluminação e sua nova cor, veio a curiosidade nas pessoas.

 

Comparada com a norte-americana Golden Gate, a nossa ponte será totalmente pintada. Sai de cena a cor metálica, para dar lugar ao laranja internacional.

 

Mas a ‘lua de mel’ dos riomafrenses com reforma durou pouco. Há 11 dias fechada, a obra praticamente nem começou. Nenhuma empreiteira ou operário apareceu no local até agora.

 

Em diversas visitas durante os últimos dias ensolarados, posso afirmar que não encontrei um trabalhador sequer. Nada além da ponte deserta e alguns tapumes, colocados uma semana após o fechamento.

 

Para não dizer que absolutamente nada foi feito, uma terceirizada retirou a iluminação. E, junto com ela, cortou a fiação do sensor que envia o monitoramento hidrológico do rio Negro para a Copel. Trapalhada que fez com que uma equipe do Simepar visse até aqui para resolver o problema.

 

No início da tarde desta sexta-feira (25), quando estive mais uma vez no local na esperança de me deparar com um canteiro de obras, tudo que encontrei foram lojistas do entorno preocupados: “Essa reforma já deveria ter começado. Estamos com medo que a ponte não seja liberada até o início de dezembro, como prometido. Desde sexta-feira passada, quando o pessoal que retirou a iluminação foi embora, ninguém mais apareceu para trabalhar”, comentou uma comerciante, que vê no Natal uma possibilidade de salvação para a economia.

 

Questionada, a Prefeitura de Rio Negro, responsável pela obra, preferiu não se manifestar. Os e-mails e pedidos de resposta por telefone feitos ao gabinete foram ignorados.

 

Enquanto a ponte está fechada às moscas, o trânsito se afunila pela Rodrigo Ajace. E a população continua sem saber quando o trabalho realmente começa.

 

Como é preciso questionar para obter respostas, continuaremos buscando. Afinal, perguntar não ofende, não é mesmo?

 

Fotos: Robson Komochena