Já havíamos falado nas colunas anteriores sobre a grandiosidade dos espumantes e o que eles representam para o Brasil, ressaltando inclusive alguns prêmios já vencidos como os melhores do mundo.

Para somar com todos os elogios, essa semana tivemos uma notícia muito esperada (uma década mais ou menos). Os espumantes de Altos de Pinto Bandeira receberam a Denominação de Origem (D.O. Altos de Pinto Bandeira). A primeira denominação de origem para espumantes do Novo Mundo (que englobam EUA, Austrália, Nova Zelândia, Argentina, Chile, Uruguai, Brasil e África do Sul).

As denominações de origem são comuns no mundo dos vinhos e engrandecem a região, o país e os produtores. Ressaltamos em colunas anteriores, por exemplo, a de Champagne, que é uma denominação própria para os espumantes na França. Além dela, podemos citar também a Franciacorta, da Itália. Agora, o Brasil, conquistou a sua.

A área delimitada possui 65 km², nos municípios de Pinto Bandeira, Farroupilha e Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Nessas regiões, encontraremos as variedades Chardonnay, Pinot Noir e Riesling Itálico.

Sua caracterização se dá pelo uso do método tradicional para elaboração do espumante, com a segunda fermentação na garrafa por no mínimo 12 meses. O sistema de condução dos vinhedos em espaldeira – que é a forma de condução da produção, onde as varas são atadas horizontalmente aos fios da produção do sistema de sustentação do vinhedo -, localiza-se nas áreas de maior altitude, entre 520 a 770 metros.

Nesta nova D.O., o selo está reservado para às vinícolas Aurora, Don Giovanni, Geisse e Valmarino. Todas elas deverão seguir as regras de cultivo e vinificação. Uma nova página se inicia, permitindo aos produtores conquistar a consolidação, seja da marca, como dos vinhos ao redor do mundo. O que será incrível. A nós, consumidores, nos resta aguardar para que os preços não se elevem e brindar sempre que possível um belo espumante.

Saúde e um viva aos nossos vinhos!