Influência da madeira nos vinhos
Armazenamento do vinho em barricas de madeira pode influenciar o gosto e os aromas da bebida.


Muitos amantes do vinho adoram a passagem da bebida pela madeira, mas será que essa técnica enológica é sempre necessária? E por qual motivo se usa desse instrumento?
O uso em madeiras surgiu com a função de armazenamento e transporte e não como meio de aportar aromas e sabores ao vinho.
É, a partir dos anos 80, que o uso de madeira ganhou notoriedade. Isso aconteceu pela presença de Robert Parker no mundo do vinho, considerado o maior de todos os tempos. Parker gostava de vinhos com essas características e concedia notas mais altas para os vinhos, fazendo surgir o fenômeno para o uso da madeira.
Seguindo nos anos 90, ganhou tamanha importância que ainda se acredita que somente vinhos com passagem, sejam bons e com conotação de melhor qualidade. Principalmente pelo caráter da tosta que decorre da passagem em madeira.
A madeira, em geral, ameniza os taninos e estabiliza a cor. Sua utilização aporta alguns sabores que são notados na degustação: café, baunilha, cacau, noz moscada, couro fumo e cedro.
A principal madeira é o carvalho. Outras até foram tentadas, mas nenhuma chegou a mesma qualidade. Somado a isso, é impermeável e muito maleável, tornando o uso mais adequado.
Via de regra, quanto mais nova a barrica, maior será o impacto do carvalho no vinho. Uma barrica nova diz-se, de “primeiro uso”. A partir daí, a cada vez que se reutiliza, chama-se de “segundo uso”, “terceiro uso”, etc. Na prática, no terceiro uso, o impacto aromático do carvalho é mínimo, servindo mais como um recipiente com microporosidade.
Essas técnicas enológicas devem ser usadas quando necessárias. Em alguns vinhos, elas não combinam, simples assim. Em outras, são essenciais. Importa compreender que ela não indica se um vinho é melhor ou pior, apenas de que diferentes aromas e sabores podem ser encontrados.